domingo, 25 de maio de 2008

(Resumo) Apuração da Notícia

A Apuração da Notícia, de Luiz Costa Pereira Junior

Introdução
- Simbiose (jornalismo) => desempenho técnico + compromisso ético
- Notícia => transcrição da realidade
- Hoje a informação é resultado de uma manufatura.
- Os fatos são uma reconstrução e não um retrato da realidade.
- Objetividade: método de obtenção de informação confiável.

O real que é linguagem
- Expor o conteúdo significa, antes de mais nada, escolher episódios, aproximar eventos dispersos, privilegiar um incidente em lugar do outro.
- O jornalismo é seleção de fatos.
- Reportagem não pode limitar-se a resumir o conteúdo de relatórios.
- A seleção de fatos aleatórios determina a forma como uma realidade é apresentada ao público.
- O jornalismo é ficção e não é, é real e não é.
- O trabalho jornalístico seria o de explicar o encadeamento de eventos que produziram o fato.

O objetivo dos fatos
- O desenvolvimento do jornalismo evidencia a credibilidade como condição da indústria.
- Um trabalho jornalístico é objetivo quando garante o equilíbrio entre o pró, o contra, os ângulos da notícia, quando faz apresentação das partes ou das possibilidades em conflito.
- A inviabilidade de uma dimensão pragmática do texto informativo torna o jornalismo um operador semântico.

Os métodos de apuração
- A notícia é construída no cuidado com a verificação, sobre o alicerce do lavantamento de informações.
- A apuração de informação, a investigação, é a condição que faz um relato impresso ser jornalismo, não literatura.
- Toda reportagem tenta dar resposta a uma curiosidade ou lançar uma hipótese sobre a realidade. Pauta não é tema. Não busca confirmar o que já se sabe.
- Fornecedores de informação (fontes) são pessoas e instituições que defendem seus interesses acima de tudo.
- O repórter não pode bancar uma informação sem confirmá-la.

A humanização das fontes
- “Desumanizar” é, por óbvio, tratar de pessoas como quem fala de fenômenos climáticos ou estatísticos.
- Buscar o máximo de ângulos e nuances, não só para os sujeitos como para as situações abordadas, humaniza um relato jornalístico.
- Entrevista é, antes de tudo, construir as condições para que seu interlocutor comece a dizer coisas que hesitaria dizer de bate-pronto a qualquer um. E raramente os encontros entre repórter e entrevistados dispõem de muito mais tempo que um bate-pronto.
- É crime venal estar desinformado diante da fonte. A lição elementar, portanto, é a de evitar o improviso. Para obter o máximo de respostas é preciso saber o que se quer, o foco do encontro.
- Nenhum entrevistado tem obrigação de ser um comunicador. Nem é obrigado a ter raciocínio lógico e linear, ou habilidade natural para falar.

A aventura da pirâmide
- É preciso responder a certas perguntas para fazer com que um discurso ficasse completo: Quem? O quê? Onde? Como? Quando? E Por quê?
- Os limites da pirâmide invertida ficam cada vez mais evidentes e uma das tendências agudas entre gente do ramo é explorá-los, desbancando a PI de sua hegemonia e redefinindo sua aplicação.

A narrativa informada
- Toda narrativa carrega marca de origem. Nasce como fonte de conhecimento. Mas não um conhecimento qualquer. Muito feliz a idéia de que a narração, ainda mais numa reportagem, é a aventura do conhecimento percorrido.
- O conflito central da narrativa jornalística é conciliar o projeto de produzir relatos vivos, pulsantes, aos obstáculos do tempo e do espaço de produção, dos mercados e das rotinas de trabalho.
- Expressar o máximo com o mínimo, aprofundar a economia narrativa é condição intestina para o jornalismo.
- O panorama da indústria jornalística se move para a compactação, a ponto de afetar os conteúdos.
- As novas possibilidades de editoração dão agora maior possibilidade de contar uma história com mais recursos na página, não só o texto. Tais recursos (como o infográfico, por exemplo) potencializam a carga informativa de cada página e, em tese, liberam o redator para uma preocupação narrativa mais livre.
- O círculo vicioso de rotinas produtivas joga lenha na fogueira narrativa da imprensa, entre outros fatores, ao permitir que informações sejam obtidas na Redação, não fora dela. Um cabedal de dados, aspas e alegações, é captado sem que o repórter mexa o pé da cadeira.
- A credibilidade de um texto jornalístico está na verossimilhança e na coerência interna do relato. Uma matéria será verdadeira se fizer sentido que o seja.
- Se fomos capazes de levantar muita informação sobre o caso, vale o preceito de Faerman. Conte uma história, não faça um amontoado de fatos.
- O jornalismo não se divide entre sintético ou longo, mas entre bem-feito ou não. O texto virá da apuração. Quanto maior e melhor, mais saboroso será.

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TURMA 2J

Esse foi o semestre vivido pela turma 2J de jornalismo na Universidade Presbiteriana Mackenzie (1º semestre de 2008).

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Para receber mais informações sobre os conteúdes, envie e-mail para mackjornalistas@gmail.com

Carlos Eduardo Xavier

Minha foto
Atendo pelo nome Carlos Eduardo Xavier. Nasci em Assis (SP) no dia 17/12/1987 e logo me mudei para Cerejeiras (RO), onde passei minha infância, melhor fase da minha vida. Novamente em Assis, termino a escola e o colegial. Vou morar na Itália, onde passo um ano convivendo com pessoas de mais de 100 nacionalidades. Em Loppiano (Firenze - Itália) é que aprendi a viver o que a vida sempre me ensinou. Assis pela terceira vez me recebe, mas por somente seis meses. De lá vou para a capital do estado, onde, agora, faço Jornalismo na Universidade Presbiteriana Mackenzie. MSN... cadu_gen@hotmail.com