sexta-feira, 28 de março de 2008

Trabalho

O que vai diferenciar um trabalho de um ser humano com o de um animal é a consciência, o conhecimento, a liberdade. Devido a esses aspectos, o trabalho do ser humano evolui, o do animal não: uma abelha sempre produz seu mel e sempre será assim, ela nunca poderá abrir uma fábrica e exportar para o mundo.

Mas, hoje valorizamos o trabalho somente por causa do dinheiro: fazemos algo sem saber o porquê, só para ganhar um valor humano de trabalho. Troca-se o lazer pelo trabalho.

A diferença está em procurar emprego e trabalho!

“O trabalho só pode ser realização do ser quando é consciente e espelha a criatividade e inteligência humana, promovendo o desenvolvimento humano”.

terça-feira, 25 de março de 2008

Elementos jornalísticos

1) A primeira obrigação do jornalista é com a verdade;
2) Sua primeira lealdade é com os cidadãos;
3) Sua essência é a disciplina da verificação;
4) Seus praticantes devem manter independência daqueles a quem cobrem;
5) O jornalismo deve ser independente do poder;
6) O jornalismo deve abrir espaço para a crítica e o compromisso com o público;
7) O jornalismo deve impenhar-se para apresentar o que é significativo de forma interessante e relevante;
8) O jornalismo deve apresentar as notícias de forma compreensível e proporcional;
9) Os jornalistas devem ser livres para trabalhar de acordo com sua consciência.

segunda-feira, 24 de março de 2008

Fidelidade!

A fidelidade é a qualidade do ser fiel, sinônimo de lealdade àquilo que lembra, que crê, que ama.

Ao pensarmos na fidelidade de um casal, a fidelidade conjugal, pode-se entrar em conflito. Para uns, por conta da cultura estabelecida, fidelidade é permanecer apenas com uma pessoa, para outros, entretanto, não. Mantendo-me na cultura a que pertencemos (a ocidental), de forma abrangente, há o chamado “casal moderno”, que compartilha de um amor livre, e o casal conservador, no qual o amor dado e recebido é exclusivo.

O exemplo da família polonesa (esta que foi utilizada como base para a peça teatral do grupo), serve de modelo para que entendamos a distinção entre a fidelidade moral e a fidelidade física. Nesse caso, em especial (ou em outros que partam do mesmo princípio), a fidelidade física foi sim “rompida”, mas não a moral. A esposa manteve-se fiel ao marido e filhos, fiel à família e ao casamento, independente de ter dormido com outro homem. A escolha de ficar grávida de outro, que não seu companheiro, não foi feita com o intuito dar-se prazer, e sim de reencontrar sua família. Foi a única decisão plausível a ser tomada.

Como disse Nietzsche, “É possível prometer atos, não sentimentos; pois estes são involuntários (...) ele pode prometer atos que são, em geral, sem dúvida, as conseqüências do amor, do ódio, da fidelidade (...)”.

Há aqueles que têm uma opinião científica quanto ao assunto; um ponto de vista biológico, como Hume e Schopenhauer. Este último citou em “Metafísica do amor” que “antes de mais nada, é preciso considerar que o homem é, por natureza, levado à inconstância no amor, e a mulher à fidelidade (...), é uma conseqüência do objetivo da natureza que está voltado para a preservação e, portanto, para o aumento mais considerável possível da espécie”.

E, se posso dar a minha opinião pessoal a respeito do assunto, faço das palavras de Castiglione as minhas: “As paixões amorosas trazem em si uma grande desculpa para todos os erros; no entanto, julgo, no que me tange, que um cavalheiro de valor que ama deve nisso, como em todas as outras coisas, ser sincero e verdadeiro; e se é verdade que é uma vilania e uma falta abominável cometer uma traição, ainda que no sítio de um inimigo, pensai como deve ser considerada mais grave a falta cometida contra a pessoa que se ama. Quanto a mim, creio que todo o apaixonado nobre não suporta tantas penas, tantas vigilâncias, não se submete a tantos perigos, não provoca tantas lágrimas, e não usa de tantos meios e vias para agradar a sua dama, unicamente para lhe conquistar o corpo, porém muito mais para lhe vencer a rocha do coração, quebrar esses duríssimos diamantes, reaquecer esses frios gelos que em geral ficam alojados nos delicados peitos das mulheres. Acho que esse é o verdadeiro e sólido prazer e a finalidade para a qual tende a intenção de um nobre coração. E, no que me diz respeito, certamente eu gostaria mais, se estivesse apaixonado, de saber com clareza que aquela a quem sirvo me dá amor em troca e me deu o coração, sem nunca ter dela outra satisfação como tirar-lhe gozo e uma abundância de prazeres contra a sua vontade; pois, nesse caso, eu me julgaria dono de um corpo sem alma. É por isso que os que conseguem satisfazer os seus desejos por meio de traições injuriam os outros; e com tudo isso, eles não têm satisfação que se deve desejar no amor, ao possuir o corpo sem a vontade (...)”.

Mas não se deve pensar somente sobre a fidelidade conjugal. Há inúmeros outros casos em que há fidelidade, afinal, é por meio dela que se garante a existência dos valores e das virtudes, e o que garante se a fidelidade é ou não digna de louvor é o objeto a que se é fiel.


Diálogos correspondentes ao teatro

Narrador: Em tempos da Segunda Guerra Mundial, havia uma família polonesa muito feliz. Catacrese era casada com Zeugma, e eles tinham uma linda filha chamada Demiúrgica Potinho. Um dia, os malévolos alemães arrombaram a porta da casinha de sapê da família feliz e seqüestraram Catracrese.
Catracrase é arrastada para fora.
Zeugma (desesperado): Amore mio, ops, meu amor, não te vás!
Demiúrgica Potinho: Mamãe, mamãe...
Narrador: Catacrese foi levada para um campo de concentração.
Catacrese: Ah, como estou triste! E minha família, minha linda e feliz família, deve estar morta agora. (choro)
Narrador: Um dia, quando Catacrese já estava se entregando à morte, soube por terceiros que sua família estava a sua espera. Catacrese novamente quis viver e pensou nas formas de como sair daquele campo de concentração.
Catacrese: Existem três jeitos para eu sair. Uma é morrendo, mas quero sair e correr pelos campos floridos de mãos dadas com Zeugma e Demiúrgica. O segundo jeito é eu pegar uma doença infecto contagiosa, mas eu quero gozar muito a vida. E, por fim, tem como eu sair grávida. Huummm, grávida!
Catacrese avista o primeiro guarda e utiliza toda sua sedução.
Catacrese: Ei... Psiu!
Vernáculo (coloca as mãos no peito como se não acreditasse que fosse com ele): É comigo?
Catacrese: Sim, claro. Tem algum outro guarda bonito por aqui? Qual o seu nome, bonitinho?
Vernáculo: Eu me chamo Vernáculo!
Catacrese: Nossa, que nome bonito!
Narrador: Catacrese deixa seu pudor e vergonha de lado e ataca para a ofensiva.
Catacrese: Meu bom Vernáculo, você poderia me ajudar? Eu estou com um fogo subindo e descendo que está uma loucura, acho que é falta de “vuco-vuco”. Gostaria de saber se você poderia resolver meu probleminha.
Vernáculo: Opa!
Vernáculo e Catacrese dormem juntos.
Narrador: Catacrese fica grávida de Vernáculo e é expulsa do campo de concentração. Assim, ela vai ao encontro de sua família.
Demiúrgica Potinho: Mamãe, mamãe, você voltou! Eu senti tanta saudade, comi feijão todos os dias como uma menininha boazinha.
Zeugma: Catacrese, você está de volta. Com você minha felicidade também voltou!
Catacrese abraçou sua filha e marido.
Catacrese: Como vocês estão lindos...
Narrador: Mais tarde, Catacrese explica ao marido sua angústia no campo de concentração e como fez para sair.
Zeugma: E tem mais! Além de eu lhe perdoar, quero que seu filho se chame Vernáculo, pois este homem é o responsável pela união da nossa família. Catacrese-cara-de-maionese, você não me traiu, você foi fiel a mim e à sua família até mesmo no momento em que você deu as catacradas com o guarda, pois você o fez por nós, pela nossa história, pelo nosso futuro. Eu te amo!
Narrador: E, assim, viveu feliz e para sempre a família polonesa!

quarta-feira, 19 de março de 2008

A Indústria Cultural - Ficha...

ADORNO, Teodor W.; HORKHEIMER, Max. “A indústria cultural: o esclarecimento como mistificação das massas”. In: _____. Dialética do esclarecimento. Fragmentos filosóficos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1985, p. 113-156.

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Na opinião dos sociólogos, a perda do apoio que a religião objetiva fornecia, a dissolução dos últimos resíduos pré-capitalistas, a diferenciação técnica e social e a extrema especialização levaram a um caos cultural.

Por enquanto, a técnica da indústria cultural levou apenas à padronização e à produção em série, sacrificando o que fazia a diferença entre a lógica da obra e do sistema social.

(os consumidores são) Reduzidos a um simples material estatístico.

(Sobre os produtos da IC) Desde o começo do filme já se sabe como ele terminam, quem é recompensado, e, ao escutar a música ligeira, o ouvido treinado é perfeitamente capaz, desde os primeiros compassos, de adivinhar o desenvolvimento do tema e sente-se feliz quando ele tem lugar como previsto.

Quem não se conforma com uma impotência econômica que se prolonga na impotência espiritual do individualista.

[...] a indústria cultural, permanece a indústria da diversão.

A fusão atual da cultura e do entretenimento não se realiza apenas como depravação da cultura, mas igualmente como espiritualização forçada da diversão.

Divertir-se significa estar de acordo. [...] Divertir significa sempre: não ter que pensar nisso, esquecer o sofrimento até mesmo onde ele é mostrado.

Belo é tudo que a câmara produza. À decepção da esperança de ganhar uma viagem em torno do mundo corresponde a exatidão as regiões que se atravessariam durante a viagem. O que se oferece não é a Itália, mas a prova visível de sua existência.

O inimigo que se combate é o inimigo que já está derrotado, o sujeito pensante.

Ninguém tem que se responsabilizar oficialmente pelo que pensa. Em compensação, cada um se vê desde cedo num sistema de igrejas, clubes, associações profissionais e outros relacionamentos, que representam o mais sensível instrumento de controle social.

Eis aí o triunfo da publicidade na indústria cultural, a mimese compulsiva dos consumidores, pela qual se identificam às mercadorias culturais que eles, ao mesmo tempo, decifram muito bem.

terça-feira, 18 de março de 2008

Indústria cultural e Massa

Principais fatores:

1- Cultura como mercadoria
2- Padronização de tudo
3- Produção profissional

Tudo vira produto numa sociedade. O novo é algo arriscado, o velho que trás lucro, não. Os meios nem se preocupam em dizer que são só entretenimento. Esse entreter padronizado infantiliza o ser, causa uma subordinação e dominação crescentes.

Não existe mais produtor e consumidor: ambos são a mesma coisa.

Quem se recusa à padronização fica "marginalizado".

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ADORNO: ele critica a cultura de massa (Indústria Cultural) dizendo que ela é uma anti-cultura, pois cultura requer trabalho e não diversão; e é um privilégio de poucos.

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"Divertir-se é estar de acordo!"

Ocorre uma identificação do sujeito com a Indústria Cultural: ele se vê dentro dela, mas ao mesmo tempo longe. Sonha em participar dela, em virar herói.

Modelo de "Seboso"

Com o padrão ABNT...

*Turma*

*Grupo*

- ASSUNTO -

* Subdivisões

- NOME
Website, e-mail, telefone
Verbete (3 linhas de descrição)

segunda-feira, 17 de março de 2008

Compaixão

“A verdadeira compaixão é inerente à nossa natureza fundamental, mas só a exercemos se este potencial que faz parte de nós for utilizado. Compaixão e ódio são duas emoções opostas, contraditórias, antagônicas. Nunca podem ocupar, ao mesmo tempo, o espaço do nosso Espírito, se uma está operante, a outra não pode estar. Assim, quando o ódio nos domina, é impossível sentir compaixão. E uma emoção que não se manifesta de verdade não estará presente nem atuante em nós, sendo simplesmente virtual.” Dalai Lama

A compaixão não é muito bem vista, grande parte das pessoas não gosta de senti-la nem de ser alvo dela; pois compadecer é sofrer com. Como seria a compaixão uma virtude se todo sofrimento é ruim?


No dicionário, seus antônimos são: dureza, frieza, crueldade, indiferença, insensibilidade. Seu quase sinônimo é simpatia, o que diz em grego o mesmo que compaixão diz em latim.

SIMPATIA
• Por que então, em um tempo onde a simpatia é tão valorizada, a compaixão é quase renegada? Sem dúvida porque os sentimentos são preferíveis às virtudes. Mas o que pensar da compaixão que pertence a ambas as ordens? Não seria justamente nesta ambigüidade que ela encontra sua fragilidade e a essência de sua força.

• Simpatia significa a participação efetiva dos sentimentos do outro; simpatizar é sentir com. Resta saber com quem simpatizar, pois participar do ódio de outrem é ser odioso, participar da crueldade de outrem é ser cruel.

• Compaixão é uma das formas de simpatia: compaixão é simpatia na dor ou na tristeza do outro. Mas não existe equivalência nos sofrimentos (como o invejoso que sofre diante da felicidade do outro) que nem por isso deixam de ser sofrimentos e, portanto merecedores de compaixão. O sofrimento é um mal moral, não por ser sempre moralmente condenável, mas por não ser moralmente lastimável. Esta lástima é a forma mínima de compaixão.

Em seu princípio a compaixão é universal e moral (por não se preocupar com a moralidade de seus objetos) e por isso que ela leva a misericórdia. Simpatizar com o prazer do torturador, é compartilhar sua culpa. Mas ter compaixão por seu sofrimento ou por sua loucura é ser inocente do mal que o corrói, e recusar-se ao menos a somar ódio a ódio.

Diversos autores criticam a compaixão, geralmente empregam a palavra piedade para designá-la. A piedade é uma tristeza que sentimos diante da tristeza do outro, o que não o salva desta, que continua, nem justifica aquela, que se acrescenta a esta. O que condena é justamente o fato da piedade aumentar a quantidade de sofrimento do mundo. Para os estóicos, mais vale a ação em vez da paixão, e a generosidade em vez da piedade.

Spinoza

O que nos leva a ajudar nossos semelhantes é a alegria (que é boa), a razão (que é justa), o amor e a generosidade, não a piedade. “Isso basta ao menos aos sábios que vivem sob a condição da razão. Porém, aquele que nem a piedade o impelem a socorrer os outros, chamamos justamente de inumamos, pois não se parecem com um homem.”
A piedade é definida como tristeza, ao passo que a compaixão é definida como amor, isto é antes de mais nada, como alegria. Isso não suprime a tristeza da compaixão, mas muda sua orientação. Pois amor é uma alegria, e, ainda que a tristeza prevalecesse na compaixão, preocupadas com ajudar e não com desprezar.

Rosseau

Afirma que a piedade seja a primeira das virtudes e a única natural. Pois ele acredita que a piedade é um “sentimento natural” por derivar do amor que temos por nós mesmos (por identificação com os outros) e temperar, assim, em todo homem, “o ardor que tem por seu bem-estar com uma repugnância inata a ver seu semelhante sofrer”.

Schopenhauer

Esse pensador é muito mais profundo, ao ver na compaixão o motivo por excelência da moralidade e a origem de seu valor.

Segundo ele a maioria de nossas virtudes só visa à humanidade, e sua grandeza e seu limite. A compaixão ao contrário simpatiza universalmente com tudo o que sofre: se temos deveres para com os animais, é por isso que a compaixão talvez seja a mais universal de nossas virtudes.

O que é pior: dar uma bofetada numa criança ou torturar um gato?

Segundo o autor, o segundo ato é mais grave, o que nos leva a perceber que o gato, mesmo sendo um animal, merece muito mais a nossa compaixão. No exemplo aqui, a dor prevalece sobre a espécie, e a compaixão sobre o humanismo.

“A compaixão é assim, essa virtude singular que nos abre não apenas a toda humanidade, mas também ao conjunto de seres vivos ou, pelo menos dos que sofrem”.

Hannah Arendt

Mostrou que a piedade, como mola da virtude, revelou possuir um potencial de crueldade superior ao da própria crueldade.
Para ela, o que distingue a piedade da compaixão é que a compaixão ao contrário da piedade, ”só pode compreender o particular, mas fica sem conhecimento do geral”; a compaixão é concreta, singular e naturalmente silenciosa. Já a piedade é abstrata, globalizante e loquaz. Daí a violência da piedade, diante da grande doçura da compaixão.

O autor do livro propõe outra distinção: “a piedade nunca, parece-me, nunca existiria sem uma parte de desprezo ou, pelo menos, sem o sentimento, em quem a sente, de sua superioridade... a compaixão não supõe, quanto a seu objeto, nenhum juízo de valor determinado.”

• “Em compensação, parece-me que só temos compaixão pelo que respeitamos”

• “Não há piedade sem uma parte de desprezo; não há compaixão sem respeito”.

BUDISTAS E CRISTÃOS

• A compaixão é a grande virtude do Oriente budista, e já a caridade é a grande virtude, pelo menos em palavras, do Ocidente cristão.

• Se fosse preciso escolher, poderíamos dizer o seguinte: a caridade seria melhor, com certeza, se dela fôssemos capazes; mas a compaixão é mais acessível, assemelha-se a ela (pela doçura) e a ela pode nos levar.

• Ou para dizer de outro modo: a mensagem de Cristo, que é de amor, é mais exaltante; mas a lição de Buda, que é de compaixão, é mais realista.

• “Ama e faz o que queres”, pois – ou compadece-te e faz o que deves.

sexta-feira, 14 de março de 2008

Liberalismo e Neoliberalismo

Teoria Liberal
Cidadania era visto como revolução. Pregava-se a igualdade de direitos para todos. O Estado devia dar oportunidades iguais para todos.

Neoliberalismo
No pós-guerra, surge a política do well fare state: através dos impostos, o Estado teria que dar as condições mínimas de saúde, habitação, educação... Mas essa proposta é dúbia, pois causa acomodação social se ocorrer tudo muito bem, uam vez que ninguém vai querer mais, já tem o básico e assim está bom; pois causa manipulação da massa se mal administrada, uma vez que todos têm o mesmo direito, porém não com a mesma qualidade.

Hoje...
São dois os fatores que influenciam na cidadania: a Tecnologia e o Consumo. O primeiro, do Greco TECNE, que significa conhecimento, equivale à informação. Um analfabeto digital encontra-se fora da informação tecnológica. Quase tudo é influenciado por ela e isso é bom, pois facilita muito a vida humana. Lógico que alguns fazem o mau uso dela. O segundo, é visto até mesmo nas relações: hoje não se relaciona, se consome! Tudo está rodeado por interesses. Isso cria uma sociedade do desperdício.

Estamos longe do nosso ideal...
Para nos aproximarmos de um mundo mais “cidadão” é preciso revolucionar: primeiramente internamente, depois comunitariamente, para chegar à revolução política.

segunda-feira, 10 de março de 2008

Coragem!

As formas podem variar, claro, assim como os conteúdos: cada civilização tem seus medos, cada civilização suas coragens. Mas o que não varia, ou quase não varia, é que a coragem, como capacidade de superar o medo, vale mais que a covardia ou a poltronice, que ao medo se entregam.

A virtude não é um espetáculo e não lhe importam os aplausos.

Sobretudo, a coragem pode servir para tudo, para o bem como para o mal.

Coragem egoísta é egoísmo. [...] Coragem desinteressada é heroísmo.

O que estimamos, na coragem, e que culmina no sacrifício de si, seria, pois, em primeiro lugar, o risco aceito ou corrido sem motivação egoísta.

[...] só se torna uma virtude quando a serviço de outrem ou de uma causa geral e generosa. Como traço de caráter, a coragem é, sobretudo, uma fraca sensibilidade ao medo, seja por ele ser pouco sentido, seja por ser bem suportado, ou até com prazer.

Não há virtude que resista mais ao intelectualismo. Quantos ignorantes heróicos? Quantos eruditos covardes?

Foi o que Jankélévitch bem viu: a coragem é um saber, mas uma decisão, não é uma opinião, mas um ato.

Toda razão é universal; toda coragem, singular. Toda razão é anônima; toda coragem, pessoal.

Trata-se sempre de perseverar em seu ser.

Como toda virtude, a coragem só existe no presente. Ter tido coragem não prova que se terá, nem mesmo que se tem.

Ora, o que é necessário para ser corajoso? Basta querê-lo, em outras palavras, sê-lo de fato. Mas não basta esperá-lo, apenas os covardes se contentam com isso.

Todas as virtudes se relacionam, e todas se relacionam com a coragem.

sexta-feira, 7 de março de 2008

Direitos...

DIREITO CIVIL, diz respeito à vida humana, ao corpo humano, ao transporte humano...

DIREITO SCIAL, relacionado à vida em sociedade como a saúde pública, a educação, habitação, saneamento básico, trabalho...

DIREITO POLÍTICO, refere-se ao voto e também o antes dele; ir e vir, livre pensamento, liberdade de expressão e de congregar-se...

DIREITO DA QUARTA GERAÇÃO, diz sobre a manipulação da tecnologia sobre a vida humana (bioética, sigilo de informações, direitos autorais na internet...)


-- PESQUISAR --
As atribuições funcionais dos cargos políticos executivos e legislativos; O significado de direita e esquerda política; Número de partidos, e suas ideologias, legalmente ativos no Brasil.

-- EM SALA --
Quem vota consciênte vota no candidato ou no partido (ideologia) que ele representa? O certo seria ele representar seu partido e assim ser escolhido, mas o real é que vota-se hoje na pessoa política sem prestar atenção (interessar) no que ele oferece.

quinta-feira, 6 de março de 2008

Fichamento e resenha

Dicas sobre a Técnica de Fichamento
Quanto mais se estuda, mais se percebe que o ato de estudar é extremamente lento, exige interesse, esforço. disciplina. Não adiante ler ou levantar dados superficialmente, porque o objetivo básico da aprendizagem, que é a assimilação da matéria, não se efetua.
Deste modo, lembramos que o fichamento é uma forma de investigação que se caracteriza pelo ato de fichar (registrar) todo o material necessário à compreensão de um texto ou tema. Para isso, é preciso usar fichas que facilitam a documentação e prepa­ram a execução do trabalho.
Destacamos dois tipos de fichas:

1. Bibliográfica (assunto e autor).
2. Conteúdo (resumo e cópia‑citação).

Todavia, no próprio exercício da leitura percebemos a neces­sidade de fazer comentários sobre a argumentação do autor, assim como também surgem na nossa mente várias idéias e relações novas.

Alguns autores de técnica de ensino acrescentam mais dois tipos de fichas de conteúdo: [A] - comentário; [B] - ideação. Mas não vemos necessidade de ampliar o número de fichas, mas simples­mente assinalar a necessidade de elaborar esses tipos de anotações que devem aparecer na feitura do trabalho. Assim, num único tipo de ficha (fichamento), pode‑se incluir as diversas modalida­des de apurações de investigação.

Em primeiro lugar, deve‑se apresentar objetivamente as idéias do autor (resumo e citação), em seguida deve‑se discutir de modo pessoal as idéias fichadas (comentário e ideação).
Em outras palavras, um fichamento completo deve apresentar os seguintes dados:

1) Indicação bibliográfica — mostrando a fonte da leitura.
2) Resumo — sintetizando o conteúdo da obra. Trabalho que se baseia no esquema (na introdução pode fazer uma pequena apresentação histórica ou ilustrativa).
3) Citações — apresentando as transcrições significativas da obra.
4) Comentários — expressando a compreensão crítica do texto, baseando‑se ou não em outros autores e outras obras.
5) Ideação — colocando em destaque as novas idéias que sur­giram durante a leitura reflexiva.

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Resenha
Inicialmente é preciso definir o termo “resenha”. Fazer uma resenha é o mesmo que fazer uma recensão (que significa apreciação breve de um livro ou de um escrito), ou seja, trata-se de resumir de maneira clara e sucinta um livro, artigo ou qualquer tipo de texto científico.
Embora o texto a ser resenhado tenha um/a autor/a, o/o recenseador/a deve ser o/a autor/a do seu trabalho; quer dizer, é preciso manter a identidade de quem escreveu o trabalho que você está analisando, mas é preciso transparecer a sua presença, como voz crítica sobre o texto.
Resenhar significa resumir, sintetizar, destacar os pontos principais de uma obra científica.

- A recensão deve cumprir um objetivo claro: comunicar ao leitor os aspectos essenciais da obra em questão e situá-lo no assunto da melhor maneira possível. Lembremo-nos de que, no método Descartes, a 1ª regra é a evidência, i.e., o dado inicial, que tem de ser claro, ordenado e distinto, ou seja, o critério cartesiano da verdade é a clareza e a distinção. Em concreto, Descartes parte de uma dúvida universal (metódica), para, entretanto, superá-la criticamente na conquista da verdade.
- A forma da resenha, isto é, o texto deve ser claro, inteligível e dinâmico. O/A leitor/a deve ter prazer nesta leitura e deve sentir-se convidado/a à leitura do texto resenhado. Para isso, é imprescindível o uso das normas padrão da língua portuguesa.
- Caso haja necessidade de citação do próprio texto resenhado, isso deve ser feito entre aspas e/ou em destaque. Sempre deve haver referência bibliográfica.
- Por vezes, é interessante fazer uma pesquisa mais abrangentes sobre o/a autor/a do texto resenhado, sobre o assunto em questão e sobre a situação atual da pesquisa científica sobre o tema. Esses esclarecimentos, quando convenientes, devem abrir a resenha e preparar o comentário sobre o texto em pauta.

quarta-feira, 5 de março de 2008

O Espírito Capitalista - Ficha...

WEBER, Max. “O Espírito do Capital”. In: _____. A ética protestante e o espírito do capitalismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2004, p. 41-69.

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Lembra-te que tempo é dinheiro; [...] Lembra-te que crédito é dinheiro.

“Capitalismo” existiu na China, na Índia, na Babilônia, na Antiguidade e na Idade Média. Mas, como veremos, faltava-lhe precisamente esse ethos peculiar.

[...] já que o apelo ao “senso aquisitivo” pela oferta salário mais alto por tarefa terminou em fracasso, seria muito natural recorrer ao método exatamente inverso: tentar a redução dos salários a fim de obrigar o trabalhador a produzir mais do que antes para manter o mesmo ganho.

VOCAÇÃO PROFISSIONAL

terça-feira, 4 de março de 2008

Capitalismo e sua cultura

Capitalismo é um modo de produção , organização social, cujo único objetivo é a produção de capital.

CULTURA >>> SOCIEDADE >>> CAPITALISMO

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Capital é o dinheiro acumulado. O trabalho morto.

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O capitalismo é um ciclo que envolve PRODUÇÃO, CIRCULAÇÃO e CAPITAL. Antigamente o ciclo não se completava, pois vários produtos não eram mercadorias. Hoje, o capitalismo mercantilizou tudo, tornando o ciclo possível e auto-sustentável. (Um exemplo de mercantilização é a vida e a morte - ou ainda - atos culturais de lazer, como cinema, são vendidos)

O capitalismo não tem finalidade humana. Ele serve a si mesmo. Essa luta pelo lucro, ergueu no homem a vontade do "quero mais". O lucro se torna uma virtude na sociedade capitalista. O sistema possui alguns erros e gera egoísmo, individualismo: todos querem o melhor para si.

Com a especialização do trabalho que o capitalismo criou, a sociedade mudou. Começa a comprar serviços especializados. (Por exemplo: paga uma Baba com o dinheiro do trabalho, mas não deixa o trabalho para cuidar do filho)

Indústria da música

Depois de ver um trabalho de conclusão de curso sobre a indústria da música ficou mais claro a percepção do brega na cultura de massa e como os intelectuais atuam nessa. A "breguice" vem por meio da estética: tentam vender pela estética do produto, do cantor. Se a produtora vê que não está como antes, troca o "ser" por outra "imagem" a ser vendida (atenção: imagem e não música!). Usar de outro meios se não a música para ganhar dinheiro essa é a realidade.
Já os intelectuais usam de ironias para brincar com essa questão. Fazem-se de brega para entrarem nessa cultura. Muitos os que são independentes querem se tornar dependentes para haver o que a cultura de massa oferece de melhor: o status, o estrelato, ser um mito. Esse pode ser passageiro ou não tão longo assim! Seria como se corromper na música por fins pessoais.

Conversa de jornalista...

Como se apresentar em uma entrevista?

Eis algumas questões dos estudantes de jornalismo. Uma entrevista tem sua importância e por isso não se deve fazê-la de qualquer jeito. Um primeiro passo seria a apresentação, mas como? Dizendo o nome e a empresa para possibilitar que o entrevistado saiba qual o meio que divulgará o que vai falar, ou o que não vai falar! É bom apresentar o assunto da pauta, até mesmo porque assim as respostas já saem direcionadas. Porém essa não é uma regra geral. Em caso de investigação não seria bom se identificar, nem mesmo dizer o motivo que esta ali ("vim fazer uma matéria sobre venda ilegal de drogas"). Tomando o cuidado necessário e vendo o que cada situação pede o que não pode acontecer é fugir da ética jornalista, que é a mesma que a do carpinteiro: "faça aos outros o que gostaria que fosse feito a ti".

Até que ponto vai a privacidade? e o perigo?

Temos que estar atentos com a privacidade das pessoas. Cameras escondidas, gravação telefônica sem autorização só valem para nos encriminar dizendo que invadimos aquele lugar sem autorização. Essas invasões são perigosas, mas ainda mais são as guerras, as favelas. Para cobrir um evento perigoso assim existem vários motivos, dois de maior valor: 1º porque é utilidade pública informar o que está acontecendo; 2º porque é de interesse - seja finaceiro, seja pessoal, seja profissional - do correspondente. Até que ponto chegar? E vale a pena chegar? Essas são questões que ficaram fortes depois da morte de Tim Lopes (jornalista da globo morto por traficantes). Como a resposta para cobrir algo assim é pessoal, cabe a responsabilidade àquele que aceitou, ou seja, assumir os riscos da profissão.

Teoria Linguística - Ficha...

Ferdinand de Saussure (1857-1913), [...] a língua é uma “instituição social”, enquanto a palavra é um ato individual. Enquanto instituição social, a língua é um sistema organizado de signos que exprimem idéias;

Saussure sonhara uma ciência geral de todas as linguagens (falada ou não) [...] nós a chamaremos de semiologia (do grego semeion, signo).

Caberá a Roland Barthes (1915-1980) aceitar o desafio.

“A semiologia tem por objeto todo o sistema de signos, qualquer que seja sua substância, quaisquer que sejam seus limites: as imagens, os gestos, os sons melódicas os objetos e os complexos dessas substâncias que encontramos em ritos, protocolos....” (artigo publicado na revista Communications – 1964)

Barthes ordena os elementos fundamentais desse projeto [...]: 1) língua e palavra; 2) Significante e significado; 3) sistema e sintagma; 4) denotação e conotação.

Para o discurso do estudo da mídia, dois desses binômios revelam-se particularmente importantes: significante-significado e denotação-conotação.

O esquema de toda a comunicação apresenta seis elementos constitutivos e responde a seis funções: [...] emissor; destinatário; mensagem; contexto; contato; código. [...] O modelo de comunicação formulado por Jakobson articula-se sobre a teoria matemática da informação.

Em 1957, em seu livro Mitologias, Barthes enfatiza a importância do “desenvolvimento da publicidade, [...] que torna mais urgente do que nunca a constituição de uma ciência semiológica”.

Em 1960, o Centro de Estudos das Comunicações de Massa (CECMAS) é criado no interior da Escola Prática de Altos Estudos. [...] representa a primeira tentativa séria de constituir na França um círculo e uma problemática de pesquisa em comunicação. Seu programa consiste na análise das “relações entre a sociedade global e as comunidades de massa, que se integram funcionalmente a ela”.

Em torno de Georges Friedmann se reúnem Edgar Morin e Roland Barthes. [...] Barthes é o único a se situar na órbita do estruturalismo.

segunda-feira, 3 de março de 2008

Teoria Hegemonica

Teoria hegemônica/comunicação alternativa

• Principais autores: Juan Somavia (diretor do Ilet), Luís Ramiro Beltran, Armand Mattelart, Herbert Schiller, entre outros.
• Pressupostos teóricos: Marxismo, de linha leninista e gramsciniana
• América Latina (Chile, México, Colômbia, Peru, Equador etc.), anos 70.
A situação dos meios de comunicação nos países do Terceiro Mundo começou a despertar o interesse dos pesquisadores, sobretudo norte-americanos e europeus, na década de 50 - Wilbur Schramm, da Universidade de Stanford (EUA), fez uma análise do papel dos meios massivos na promoção do progresso econômico e social no início dos anos 60. Mas, com o acirramento da Guerra Fria e a instalação de governos autoritários nos países latino-americanos sob a proteção dos Estados Unidos, os teóricos de esquerda passaram a destacar a relação política e ideológica dos meios de comunicação de massa, na década de 70.
Dois conceitos foram largamente utilizados por estes teóricos:
imperialismo cultural e hegemonia. O primeiro parte da concepção de Lênin, de que o sistema capitalista necessitaria expandir o mercado de consumo para evitar as crises cíclicas por que passa. O imperialismo econômico garantiria, assim, uma sobrevida ao capitalismo. Paralelamente à exploração econômica dos países periféricos, também ocorreria a imposição, por parte dos países imperialistas, de produtos culturais, de costumes e do modo de vida dos países desenvolvidos, o que caracteriza o imperialismo cultural. Além disso, a classe dirigente dos países do Terceiro Mundo estabeleceria laços econômicos e políticos com a classe dirigente dos países ricos, ficando subordinada a ela. Por isso, esta escola é conhecida como teoria da dependência.
Já o conceito de hegemonia foi desenvolvido pelo teórico marxista italiano António Gramsci. Para ele, a classe que detém a hegemonia política numa sociedade já dominava esta sociedade do ponto de vista cultural. A conquista e manutenção da hegemonia política implica na hegemonia cultural já assegurada. Segundo os teóricos desta linha de pesquisa, os países imperialistas garantiriam sua hegemonia através do imperialismo cultural, difundido pelos meios de comunicação de massa. Armand Mattelart (ver bibliografia) procura demonstrar este fenômeno pela análise de conteúdo de produtos culturais, como histórias em quadrinhos, ou através da relação econômica de empresas de comunicação dos países subdesenvolvidos com empresas multinacionais, em especial norte-americanas, em função da Guerra Fria.
A única possibilidade de escapar à visão de mundo projetada pelos meios de comunicação se encontra nas manifestações culturais oriundas das camadas mais pobres da população ou na utilização de meios alternativos. A cultura popular (música, literatura de cordel, escultura, pintura de murais, festas etc.), além de ser produzida pela própria classe marginalizada, ainda incluiria em seu conteúdo mensagens críticas ao sistema. Já os meios alternativos possibilitariam a veiculação de informações que não seriam divulgadas nos meios oficiais (contra-informação), por serem contrárias à ordem vigente. Muitos estudos foram dedicados aos meios alternativos, entre eles rádios de mineiros bolivianos, imprensa sindical e quadrinhos voltados para comunidades rurais. Durante algum tempo, cogitou-se criar uma agência de informações para os países terceiro-mundistas, com o objetivo de furar o monopólio das grandes agências de notícias, que estariam comprometidas com os países imperialistas. Esta idéia fazia parte da tentativa de gerar uma Nova Ordem Mundial da Informação e da Comunicação. A intenção seria criar um receptor mais crítico e participativo e transformar o modelo unidirecional de comunicação em processo dialógico (termo empregado por Paulo Freire - ver bibliografia). É preciso ressaltar que os pressupostos desta escola foram difundidos por teóricos ligados à Igreja progressista e à teologia da libertação. No Brasil, esta corrente teve grande influência nos estudos da comunicação, principalmente durante o regime militar.


Introdução à Teoria da Comunicação – Roberto Elísio dos Santos. IMS, 1992.

Cultural Studies - Ficha...

POLISTCHUT, Aluizio. O modelo teórico dos Cultural Studies. Teorias da Comunicação

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Os Cultural Studies, a exemplo de outras teorias surgidas nos anos 70, situam os meios de comunicação no âmago da sociedade, inter-relacionando-os a instituições e a indivíduos.

A teoria crítica havia falhado em considerar o receptor, mesmo integrado a uma “massa”, um ser humano com características individuais e necessidades peculiares, dotado de uma capacidade de seleção que lhe chega de sua história pessoal.

Tal como a teoria crítica, os Cultural Studies admitem haver um “sistema cultural dominante” [...]. Atitudes, usos e costumes de um grande número de indivíduos são afetados por esse sistema.

A resistência que demonstrem à adoção, pura e simples, de padrões de consumo apregoados pela mídia não deve, porém, ser confundida com um “mecanismo de defesa”.

O que se tem, então, sob os olhos é uma “cultura do outro” (o “desviante”, o “diferente”).

Estudos Culturais

Contexto histórico:

Richard Hoggart (1957): “As utilizações da cultura: aspectos da vida da classe trabalhadora” – desdobramento da tradição assumida nos anos 50 no meio pedagógico. Seu livro é quase uma autobiografia, pois foi filho de operários.

Raymond Willians (1958): critica a dissociação freqüentemente praticada entre cultura e sociedade.

Centro de Birmighan (1964): estudo sobre a prática e instituições culturais e suas relações com a sociedade e a transformação social. Coloca a comunicação no centro e critica os Frankfurtianos.

Termo “Hegemonia” (Antonio Gramsci): conceito obtido através de articulações, forças políticas. A sociedade busca um consenso: não se sabe diferenciar mais.

Esta teoria se diferencia da Funcionalista, pois vê o receptor como um alguém. Ele é ativo no processo de comunicação, critica e reelabora seus próprios valores com a mensagem recebida. A recepção não é um ponto de chegada, mas uma nova forma de comunicação. Propõem também um avaliação cultural para estudar a comunicação nos diversos locais. Isso porque vivemos em "destempos" - cada um em um tempo da modernidade diferente do outro! uns na alta tecnologia enquanto outros na não modernidade.

Pilares dos Estudos Culturais:

- Identificação explícita das culturas vividas;
- Reconhecimento da autonomia e complexidade das formas simbólicas;
- Crença de que as classes populares possuíam suas próprias culturas;
- Metodologia qualitativa, aplicada através de várias disciplinas (inter/trans/autodisciplinares);
- Multiplicidade de objetos;
- Temas vinculados às culturas populares e aos meios de comunicação;
- Temáticas relacionadas com as identidades sexuais, de classe, etnia etc;

ANOS 60

- Richard Hoggart: materiais culturais antes desprezados da cultura popular e dos meios de comunicação de massa: “não existe apenas submissão, mas também resistência”.
- Raymondo Willian: cultura é categoria chave que conecta analise literária com investigação social.
- E.P. Thompson: história social britânica dentro das tradições marxistas: “cultura era uma rede vivida, de práticas e relações que constituíam a vida cotidiana”.
- Stuart Hall: “investigação de práticas de resistências das subculturas e análises dos meios massivos”.

ANOS 70

- Feminismo / raça / etnia >>> meios de comunicação.
- Importância das subculturas.
- Importância crescente dos meios de comunicação de massa, vistos não como entretenimento, mas sim como aparelhos de ideologia do Estado.
- Stuart Hall: “Descoberta da Ideologia”.

ANOS 80

- Ênfase na recepção.
- Desestabilidade das identidades sociais, ocasionada pelo processo de globalização.
- Reflexão sobre as novas condições de constituição das novas identidades sociais.
- Análise da estrutura ideológica de programas de TV direcionados aos processos de consumo.
- Análise texto com audiência.

ANOS 90

- Ação dos grupos sociais: relação global / nacional / local / individual.
- Uso de novas tecnologias: vídeo e TV.
- Questões da identidade.
- Sujeito moderno: sem identificação nacional.
- Identidades nacionais são formadas no interior da representação. Não nascemos com ela.
- Texto político do Estado-Nação (fonte poderosa de significados)

Cultura Nacional:

padrões de alfabetização;
generaliza uma única língua;
cultura homogênea;
mantém instituições nacionais;
sistema de educação.

Lealdade:

Pré-moderna >>> à religião
Moderna >>> ao texto político

Polidez!

A polidez é a primeira virtude e, quem sabe, a origem de todas. É também a mais pobre, a mais superficial, a mais discutível. [...] virtude de etiqueta.

Se a polidez é um valor, o que não se pode negar, é um valor ambíguo, em si insuficiente – pode encobrir tanto o melhor, como o pior – e, como tal, quase suspeito. [...] O canalha polido poderia facilmente ser cínico, aliás, sem por isso faltar nem com a polidez nem com a maldade.

Porque dizer [...] que ela é a primeira, e talvez a origem de todas? [...] A origem de todas não poderia ser uma (pois, nesse caso, esta mesma suporia uma origem e origem não poderia ser), e talvez seja próprio da essência das virtudes a primeira delas não ser virtuosa.

Por que primeira? Falo segundo a ordem do tempo e para o indivíduo. O recém-nascido não tem moral, nem pode ter. Tampouco o bebê e, por um bom tempo, a criança. O que esta descobre, em compensação, e bem cedo, são as proibições.

Há o que é permitido e o que é proibido, o que se faz e o que não se faz. Bem? Mal?

[...] distinção entre o que é ético e o que é estético só virá mais tarde.

[...] “o homem só torna-se homem pela educação”, reconhece por sinal Kant, “ele é apenas o que a educação faz dele”, e é a disciplina que primeiro “transforma a animalidade em humanidade”.

A moral começa, pois, no ponto mais baixo – pela polidez – [...] Nenhuma virtude é natural; logo é preciso torna-se virtuoso. “As coisas que é preciso ter aprendido para fazê-las”, explicava Aristóteles, “é fazendo que aprendemos”. Como fazê-las, porém, sem as ter aprendido? Há um círculo vicioso aqui, do qual só podemos sair pelo a priori ou pela polidez. [...] “É praticamente as ações justas que nos tornamos justos”, continuava Aristóteles, “praticamente as ações moderadas que nos tornamos moderados e praticando as ações corajosas que nos tornamos corajosos”.

É imitando a virtude que nos tornamos virtuosos: “pelo fato de os homens representarem esses papéis”, escreve Kant, “as virtudes, das quais por muito tempo eles só tomam a aparência concertada, despertam pouco a pouco e incorporaram-se a seu modos”.

A polidez nada mais é do que ginástica de expressão.

A polidez é uma pequena coisa, que prepara grandes coisas.

sábado, 1 de março de 2008

Regência Verbal

Há verbos, na língua portuguesa, que exigem a presença de outros termos na oração a que pertencem. A essa maneira como o verbo (termo regente) se relaciona com os seus complementos (termos regidos) damos o nome de REGÊNCIA VERBAL.

Vejamos alguns exemplos...
VERBO: agradar
VERBO: aspirar
VERBO: assistir
VERBO: importar
VERBO: obedecer (desobedecer)
VERBO: querer
VERBO: simpatizar
(antipatizar)
VERBO: visar
VERBO: implicar
VERBO: namorar
VERBO: esquecer/lembrar
VERBO: pagar
VERBO: chegar
VERBO: ir

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Concordância Verbal

CONCORDÂNCIA VERBAL

Com sujeito simples
O verbo concorda com o sujeito em número e pessoa, estando o sujeito antes ou depois do verbo.
Ex1: Tu a expulsarias de casa?
Ex2: Desapareceram no meio da mata os fugitivos.

Com sujeito composto (anteposto ao verbo)
O verbo vai para o plural.
Ex: A secretária e o diretor chegaram na hora.

O verbo ficará no singular se os núcleos se referirem à mesma pessoa ou coisa ou se os núcleos aparecerem resumidos por TUDO, NADA, NINGUÉM...
Ex1: O cidadão brasileiro, o eleitor cumpriu o seu papel.
Ex2: Papel, caneta, lápis, tudo era necessário para o trabalho.

Com sujeito composto (posposto ao verbo)
O verbo vai para o plural.
Ex: Caíram na cama as crianças e as mães exaustas.

Admite-se a concordância com o núcleo mais próximo.
Ex: Na casa, mora a viúva e seus três filhos.

Com sujeito composto de diferentes pessoas
O verbo vai para o plural na pessoa que prevalecer, sendo que a 1ª pessoa prevalece sobre a 2ª e a 3ª e a 2ª prevalece sobre a 3ª.
Ex1: Eu, tu e ele faremos a proposta ao professor.
Ex2: Atiramos a pedra você e eu.
Ex3: Tu e ele fareis o trabalho.

Com sujeito representado por um coletivo
Quando o sujeito é formado de um coletivo singular seguido de adjunto adnominal plural, admitem-se a concordância com o coletivo ou com o adjunto adnominal.
Ex1: A equipe de vôlei deixou o estádio.
Ex2: A equipe de jogadores deixaram o estádio.

Com sujeito constituído de pronomes de tratamento
O verbo vai para a 3ª pessoa.
Ex1: Vossa Excelência quer um café?
Ex2: Vossas Senhorias aceitam um café?

Com sujeito constituído de nomes próprios que só têm plural
O verbo fica no singular se o nome não for precedido de artigo ou no plural se for precedido de artigo.
Ex1: Minas Gerais não possui mar.
Ex2: Os Estados Unidos são uma grande potência.

Com sujeito constituído pelos pronomes relativos QUE e QUEM
O verbo concordará em número e pessoa com o antecedente se tivermos o pronome relativo QUE.
Ex1: Fui eu que paguei a conta.
Ex2: Fomos nós que pagamos a conta

O verbo irá para a 3ª pessoa do singular se tivermos o pronome QUEM.
Ex1: Fui eu quem pagou a conta.
Ex2: Fomos nós quem pagou a conta.

Com núcleos do sujeito ligados por OU
O verbo ficará no singular sempre que houver idéia de exclusão.
Ex: O menino ou a menina será o representante da classe.

Com núcleos do sujeito ligados por OU
O verbo concordará com o núcleo mais próximo se os núcleos representarem pessoas diferentes ou se houver idéia de retificação.
Ex1: José ou eu casarei com ela.
Ex2: Não foi solicitada a passagem ou as passagens aéreas.

Com núcleos do sujeito ligados por COM
O verbo vai para o plural.
Ex: O pedreiro com o marceneiro foram almoçar.

Com verbo com o pronome apassivador SE
O verbo (TD ou TDI) concorda com o sujeito.
Ex1: Analisou-se o plano de reforma.
Ex2: Vendem-se ovos.
Ex3: Entregaram-se flores à mulher.

Com verbo com o pronome SE
(índice de indeterminação do sujeito)
O verbo (TI e I) fica na 3ª pessoa.
Ex1: Precisa-se de homens e mulheres.
Ex2: Descansa-se muito em Peruíbe.

Com sujeito formado por expressões
UM OU OUTRO / A MAIOR PARTE DE (OU UMA PORÇÃO DE, GRANDE NÚMERO DE, A MAIORIA DE) – O verbo fica no singular.
Ex1: Um ou outro viaja a Brasília.
Ex2: A maior parte dos pesquisadores precisa de mais verbas.

Com sujeito formado por expressões
UM E OUTRO / NEM UM NEM OUTRO / NEM... NEM... / UM DOS QUE – O verbo vai para o plural.
Ex1:Um e outro estudaram bastante.
Ex2: Eu era uma das que mais brincavam na escola.

Com sujeito formado por expressões
MAIS DE, MENOS DE – O verbo concorda com o numeral que segue a expressão.
Ex1:Mais de um tenista representou o Brasil.
Ex2:Mais de cem pessoas morreram no acidente.

Com sujeito formado por expressões
QUAIS DE VÓS, ALGUNS DE NÓS – O verbo pode ficar na 3ª pessoa do plural ou concordar com o pronome pessoal.
Ex1:Alguns de nós telefonaram à polícia.
Ex2:Alguns de nós telefonamos à polícia.

Com sujeito formado por número percentual
O verbo poderá concordar com o numeral ou com o termo a que se refere a porcentagem ou concordará com o numeral se este aparecer com determinantes.
Ex1: 80% da produção foram vendidos.
Ex2: 80% da produção foi vendida.
Ex3: Um por cento dos médicos recebeu aumento.
Ex4: Um por cento dos médicos receberam aumento.
Ex5: Os 80% da produção foram vendidos.

Verbos DAR, SOAR, BATER
Na indicação de horas, os verbos concordam com o número de horas.
Ex1: Deu uma hora no relógio.
Ex2: Deram cinco horas.
Ex3: Soaram oito horas.
Ex4: Batiam dez horas e as crianças iam dormir.

Verbos pronominais
Por não possuírem sujeito, ficam na 3ª pessoa do singular.
Ex1: Não havia flores mais belas.
Ex2: Há três anos que não o vejo.
Ex3: Faz cinco anos que nos separamos.
Ex4: Choveu na sua horta, mas na minha geou.


VERBO SER


Se o sujeito e o predicado forem representados por nomes de coisa (abstrata ou concreta) e um deles estiver no plural, o verbo concordará com o que estiver no plural.
Ex1: Essas dores são o meu sofrimento.
Ex2: Durante a dieta, a fruta foram seus alimentos.

Se um dos elementos referir-se a pessoa, o verbo concordará com ela.
Ex1: Minha vaidade são os meus filhos.

Se um dos elementos for pronome pessoal, com esse o verbo concordará.
Ex1: O candidato à presidência sois vós.

Se o sujeito for representado por pronomes neutros (tudo, aquilo, isso, isto) e o predicado estiver no plural, o verbo concordará, de preferência, com o
predicativo.
Ex1: No amor nem tudo são alegrias.

Como impessoal na indicação de horas, dias e distância, o verbo SER concorda com o numeral.
Ex1: É uma hora.
Ex2: São oito e quinze da noite.
Ex3: Eram 23 de abril quando partimos.
Ex4: Da praia a minha casa, são cinco quilômetros.

Se o sujeito indicar PESO, MEDIDA, QUANTIDADE e for seguido de palavras ou expressões como POUCO, MUITO, MENOS DE, MAIS DE ETC, o verbo SER fica no singular.
Ex1: Cinco quilos de arroz é pouco.

Se o sujeito for representado por palavra ou expressão de sentido coletivo e o predicado estiver no plural, o verbo SER concordará com o predicativo.
Ex1: O resto foram cenas de terror.
Ex2: A maioria da população eleitora são mulheres.

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Informática II

Professor:
Thiago

Horário:
Quarta - 14:50h às 16:40h

TURMA 2J

Esse foi o semestre vivido pela turma 2J de jornalismo na Universidade Presbiteriana Mackenzie (1º semestre de 2008).

Escolha o curso no menu ao lado e confira todo o conteúdo das aulas, textos lidos, slides... que foi estudado durante o semestre.

Para receber mais informações sobre os conteúdes, envie e-mail para mackjornalistas@gmail.com

Carlos Eduardo Xavier

Minha foto
Atendo pelo nome Carlos Eduardo Xavier. Nasci em Assis (SP) no dia 17/12/1987 e logo me mudei para Cerejeiras (RO), onde passei minha infância, melhor fase da minha vida. Novamente em Assis, termino a escola e o colegial. Vou morar na Itália, onde passo um ano convivendo com pessoas de mais de 100 nacionalidades. Em Loppiano (Firenze - Itália) é que aprendi a viver o que a vida sempre me ensinou. Assis pela terceira vez me recebe, mas por somente seis meses. De lá vou para a capital do estado, onde, agora, faço Jornalismo na Universidade Presbiteriana Mackenzie. MSN... cadu_gen@hotmail.com