sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Descrição

A descrição é um texto, literário ou não, em que predominam verbos de estado e adjetivos que caracterizam pessoas, ambientes e objetos. De acordo com os objetivos de quem escreve, a descrição pode privilegiar diferentes aspectos:

• pormenorização – corresponde a uma persistência na caracterização de detalhes;
• dinamização – é a captação dos movimentos de objetivos e seres;
• impressão – são os filtros da subjetividade, da atividade psicológica, interpretando os elementos observados.

ELEMENTOS PREDOMINANTES NA DESCRIÇÃO

• Frases nominais (sem verbo) ou orações em que predominam verbos de estado ou condição.
•Frases enumerativas: seqüência de nomes, geralmente sem verbo.
•Adjetivação: caracterizadores qualificando nomes.
•Figuras de linguagem: recursos expressivos, geralmente em linguagem conotativa. As mais usadas na descrição são a metáfora, a comparação, a prosopopéia, a onomatopéia e a sinestesia.
•Sensações: uso dos cinco sentidos, ou seja, das percepções visuais, auditivas, gustativas, olfativas e táteis.

DESCRIÇÃO FÍSICA fornece características exteriores, ligadas aos traços físicos do personagem: altura, cor dos olhos, cabelo, forma do rosto, do nariz, da boca, porte, trajes.
Exemplo 1: Sua pele era muito branca, os olhos azuis, bochechas rosadas. Estatura mediana, magra. Parecia um anjo. ( pessoa )
Exemplo 2: Nina era uma cachorra beagle, com as três cores básicas da raça: preto, amarelo e branco. Orelhas compridas, pelo curto, rabo com a ponta branca, patas brancas e grandes olhos castanhos. (animal)
Exemplo 3: Aquele era o carro dos seus sonhos: conversível, prateado, rodas de magnésio, vidros ray-ban, rádio , direção esportiva, bancos de couro. (ser inanimado)

DESCRIÇÃO PSICOLÓGICA apresenta o modo de ser do personagem, seus hábitos, atitudes e personalidade, características interiores.
Exemplo 1 : Era sonhadora. Desejava sempre o impossível e recusava-se a ver a realidade. (pessoa )
Exemplo 2: Nina era meio invocada. Não gostava nada de estranhos, latia feito louca para os pardais e não gostava nada que lhe ficassem apertando. Era meio fleumática, não negando sua raça inglesa. (animal)
Exemplo 3: O carro era como seu dono: arrojado, destemido, bonito, não tinha medo das curvas, muito menos das retas. (ser inanimado)

enfoque objetivo - Na descrição objetiva , o autor reproduz a realidade como a vê. Detém-se na forma, no volume, na dimensão, no tamanho, na cor, no cheiro.
enfoque subjetivo - A realidade descrita não é apenas observada pelo autor, é também sentida. O objeto descrito apresenta-se transfigurado de acordo com a sensibilidade de quem o descreve. O autor procura transmitir a impressão , a emoção que a realidade lhe causa.
* sensações visuais – “Domingo festivo. Céu azul, temperatura alta, calor tropical. Grande movimentação, agitação. Crachás. TVs, jornais, revistas, fotógrafos, repórteres, comentaristas, cinegrafistas, cabo-men,correspondentes estrangeiros. Corre-corre, passa-passa.”
* sensações auditivas – “ Barulho infernal . Motores roncando. A torcida vibrando, pneus cantando, câmbio engatando, carro voando, o tempo se esgotando. A torcida delirando, a equipe comemorando. Podium. Hino.”
* sensações táteis – “Ao passar a mão pelo cabelo, sentiu uma coisa viscosa, mole. Tinha sido premiada !”
* sensações olfativas - Cheiros variados: perfumes importados, combustível, cachorro-quente, hambúrguer, batata frita, pipoca.
* sensações gustativas - Essa bebida tem um sabor adocicado. Percebe-se um gostinho de laranja, abacaxi e, no fundo, um toque de rum.

Conceito cidadania...

No conceito antigo de Cidadania (época da ditadura) a palavra que mais traduzia seu significado era: reivindicação.

Ser cidadão é ter o direito de direitos. É ser súdito e soberano. Soberano porque você tem direito e súdito porque tem os deveres, inclusive de efetivar o direito do outro. "Igualdade de direitos para todos".

O tempo todo cidadania é participação. Até mesmo a não participação é uma forma de participação.

O sentido da ética é dar sentido a vida humana. Mas o grande objetivo da vida é a felicidade.

A grande dificuldade de se efetivar a cidadania é o poder, a competitividade.

PODER: capacidade de transformar a opinião do outro na sua própria opinião. Pode ser feito isso com as palavras, convencimento; com a manipulação; e com a força.

Qual a importância da Constituição na cidadania?
É a ferramenta da cidadania para sua defesa. Dependendo do uso dessa ferramenta é que se verão os resultados.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Pauta do Acontece

MODELO DE PAUTA – JORNAL ACONTECE

NOME DA DUPLA:
NÚMERO DA DUPLA:

EDITORIA: educação

TEMA: sistema de cotas

HISTÓRICO: o assunto começou a ganhar peso quando o governo federal propôs reserva de vagas para estudantes negros. Debatido com intensidade na campanha presidencial de 2002, no último vestibular da UERJ, o projeto foi colocado em prática. Indignado por ter sido cortado, mesmo tendo obtido uma nota maior que alunos considerados negros, pardos ou estudantes da rede pública, o estudante Nino Donato Oliva ganhou na justiça o direito de ser matriculado na universidade.

OBJETIVO: aproveitar a polêmica e colocar em debate a eficiência do projeto.

JUSTIFICATIVA: os critérios ainda não estão claros. Uma reportagem sobre o assunto poderá levantar outras questões que o envolvem, como o difícil acesso à escola pública.

FONTES DIRETAS OU INDIRETAS (INCLUIR ENDEREÇO, TELEFONES E SITES DAS FONTES): UERJ, Entidades que defendem os direitos afro-brasileiros, Representantes do MEC, Pais, Alunos...

PROPOSTA DE IMAGENS: quando fizer a pauta, pense no tipo de foto, ilustração ou gráfico, que poderá completá-la.

O capitalismo histórico - Ficha...

WALLERSTEIN, Immanuel. “A mercantilização de tudo: a produção de capital”. In: ______. O capitalismo histórico. São Paulo: Brasiliense, 1985, p. 9-37.

-----

O capitalismo é antes e acima de tudo um sistema social histórico.

A palavra capitalismo é derivada de capital. [...] Mas o que é capital? Pode ser interpretado apenas como riqueza acumulada. Mas, quando utilizado no contexto do capitalismo histórico, ele tem uma definição mais específica.

[...] nesse sistema histórico, o capital veio a ser usado (investido) de forma muito específica. Veio a ser usado com o objetivo ou intenção básica de auto-expansão.

O capitalismo histórico incluía, portanto, a mercantilização generalizada dos processos. [...] na corrida para acumular mais e mais capital, buscaram mercantilizar mais e mais os processos sociais em todas as esferas da vida econômica.

É por isso que podemos dizer que o desenvolvimento histórico do capitalismo implicou o impulso para a mercantilização de todas as coisas.

A economia do capitalismo, portanto, tem sido governada pelo propósito racional de maximizar a acumulação.

FORÇA DE TRABALHO

PROLETÁRIOS

TRABALHO PRODUTIVO

TRABALHO NÃO-PRODUTIVO

O que foi novo sob o capitalismo histórico foi a correlação entre divisão e valorização do trabalho.

Cada “inovação” tecnológica importante foi, antes de tudo, a criação de novos produtos “escassos”, quer eram portanto altamente lucrativos, e secundariamente processos que reduziam o trabalho.

[...] o capitalismo histórico é um sistema evidentemente absurdo. Acumula-se capital a fim de se acumular mais capital.

Da Natureza à Cultura - Ficha...

__________ - Cultura: um conceito antropológico. Da natureza da cultura.


-----

“A natureza dos homens é a mesma, são seus hábitos que os mantêm separados” (Confúcio)

HERÓDOTO (484-424 a.C.)

TÁCITO (55-120)

MARCO POLO

PADRE JOSÉ DE ANCHIETA (1534-1597)

MONTAIGNE (1533-1572)

Desde a Antiguidade, foram comuns as tentativas de explicar as diferenças de comportamento entre os homens, a partir das variações dos ambientes físicos.

MARCUS V. POLLIO

IBN KHALDUN

JEAN BODIN

D’HOLBACH


O determinismo biológico:

São velhas e persistentes as teorias que atribuem capacidades específicas inatas a “raças” ou a outros grupos humanos.

Os antropólogos estão totalmente convencidos de que as diferenças genéticas não são determinantes das diferenças culturais.

“não existe correlação significativa entre a distribuição dos caracteres genéticos e a distribuição dos comportamentos culturais. Qualquer criança humana normal pode ser educada em qualquer cultura, se for colocarda desde o início em situação conveniente de aprendizado” (Felix Keesing).

UNESCO

A espécie humana se diferencia anatômica e fisiológicamente através do dimorfismo sexual, mas é falso que as diferenças de comportamento existentes entre pessoas de sexos diferentes sejam determinados biologicamente.

Resumindo, o comportamento dos indivíduos depende de um aprendizado, de um processo que chamamos de endoculturação.


O determinismo geográfico:

O determinismo geográfico considera que as diferenças do ambiente físico condicionam a diversidade cultural.

A partir de 1920, [...] refutaram esse tipo de determinismo e demonstraram que existe uma limitação na influência geográfica sobre os fatores culturais. E mais: que é possível e comum existir uma grande diversidade cultural localizada em um mesmo tipo de ambiente físico.

Tudo isto porque difere dos outros animais por ser o único que possui cultura.


Antecedentes históricos do conceito cultura:

KULTUR x CIVILIZATION

“tomado em seu amplo sentido etnográfico é este todo complexo que inclui conhecimentos, crenças, artes, moral, leis, costumes ou qualquer outra capacidade ou hábitos adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade”. (Edward Tylor – 1832-1917)

[...] a mente humana não é mais do que uma caixa vazia por ocasião do nascimento, dotada apenas da capacidade ilimitada de obter conhecimento, através de um processo que hoje chamamos de endoculturação.

“Nenhuma ordem social é baseada em verdades inatas, uma mudança no ambiente resulta numa mudança no comportamento”. (Marvin Harris – 1969)

“[...] o homem é capaz de assegurar a retenção de suas idéias [...], comunicá-las para outros homens e transmiti-las para os seus descendentes como uma herança sempre crescente”. (Jacques Turgot – 1727-1781)

Mais de um século transcorrido desde a definição de Tylor, era de se esperar que existisse hoje um razoável acordo entre os antropólogos a respeito do conceito. [...] Mas, na verdade, as centenas de definições formuladas após Tylor servuram apenas para estabelecer uma confusão do que ampliar os limites do conceito.

Em 1871, Tylor definil cultura como sendo todo o comportamento aprendido, tudo aquilo que independe de uma transmissão genética, como diríamos hoje.

[...] o homem é o único ser possuidor de cultura.

Mais do que preocupado com a diversidade cultural, Tylor a seu modo preocupa-se com a igualdade existente na humanidade. A diversidade é explicada por ele como o resultado da desigualdade de estágios existentes no processo de evolução.

Para entender Tylor, é necessário compreender a época em que viveu e conseqüentemente o seu background intelectual.

Franz Boas (1858-1949) [...] atribuiu à antropologia a execução de duas tarefas: a) a reconstrução da história de povos ou religiões particulares; b) a comparação da vida social de diferentes povos, cujo desenvolvimento segue as mesmas leis.

Não se pode ignorar que o homem, membro proeminente da ordem dos primatas, depende muito de seu equipamento biológico. Para se manter vivo, independentemente do sistema cultural ao qual pertença, ele tem que satisfazer um número determinado de funções vitais, como a alimentação, o sono, a respiração, a atividade sexual etc. Mas, embora estas funções sejam comuns a toda humanidade, a maneira de satisfazê-la varia de uma cultura para outra.

“Não é preciso argumentar para provar que algumas coisas de nossas vidas e constituição provêm da natureza pela hereditariedade, e que outras coisas nos chegam através de outros agentes com os quais a hereditariedade nada tem que ver”. (Kroeber)

Estes dois exemplos de Kroeber mostram que o homem criou o seu próprio processo evolutivo.

Ao adquirir cultura perdeu a propriedade animal, geneticamente determinada, de repetir os atos de seus antepassados, sem a necessidade de copiá-los ou de se submeter a um processo de aprendizado.

O homem é o resultado do meio cultural em que foi socializado.

10 PONTOS PARA A AMPLIAÇÃO DO CONCEITO CULTURA


Idéia sobre a origem da cultura:

Em outras palavras, [...] o homem adquiriu este processo extra-somático que o diferenciou de todos os animais e lhe deu um lugar privilegiado na vida terrestre.

[...] Richard Leackey e Roger Lewin, o início do desenvolvimento do cérebro humano é uma conseqüência da vida arborícola de seus remotos antepassados.

David Pilbeam refere-se ao bipedismo como uma característica exclusiva dos primatas entre todos os mamíferos.

Kenneth P. Oakley destaca a importância da habilidade manual, possibilitada pela posição erecta, ao proporcionar maiores estímulos ao cérebro, com o conseqüente desenvolvimento da inteligência humana.

Claude Lévi-Strauss, o mais destacado antropólogo francês, considera que a cultura surgiu no momento em que o homem convencionou a primeira regra, a primeira norma. Para Lévi-Strauss, esta seria a proibição do incesto, padrão de comportamento comum a todas as sociedades humanas.

Leslie While, antropólogo norte-americano contemporâneo, considera que a passagem do estado animal para o humano ocorreu quando o cérebro do homem foi capaz de gerar símbolos.

O primata, como ironizou um antropólogo físico, não foi promovido da noite para o dia ao posto de homem. O conhecimento científico atual está convencido de que o salto da natureza para a cultura foi contínuo e incrivelmente lento.


Teorias modernas sobre cultura:

1. Culturas são sistemas (de padrões de comportamento socialmente transmitidos) que servem para adaptar as comunidades humanas aos seus embasamentos biológicos.
2. Mudança cultural é primariamente um processo de adaptação equivalente à seleção natural.
3. A tecnologia, a economia de subsistência e os elementos da organização social diretamente ligada à produção constituem o domínio mais adaptativo da cultura.

[...] só nos resta afirmar mineiramente como Murdok (1932): “Os antropólogos sabem de fato o que é cultura, mas divergem na maneira de exteriorizar este conhecimento”.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Conceito de cultura

A cultura é ADAPTAÇÃO: um sistema (padrões de comportamneto) que servem para adaptar as comunidades humanas aos seus embasamentos biológicos. Nós mudamos a nossa cultura e não o nosso biológico para nos adaptarmos aos diversos ambientes.

-----

Cutura é a junção de:

KULTUR (alemão) >>> Espiritual

CIVILIZATION (francês) >>> Material


-----

TYLOR: "Cultura é todo comportamento aprendido pelo homem [ ou que nascem conosco] como membros de uma sociedade". Os animais tem a sua própria cultura, porém alguns aprendem a cultura da sociedade em que vive, como o papagaio que fala.



-----

Sociedade Industrial >>> Cultura de Massa
Sociedade Pós-Industrial >>> Cibercultura

Fontes

Tipos de fontes:

Fonte oficial... aquela que pode falar por alguém ou pela entidade envolvida. Dá suas informações em ON.

Fonte não oficial... aquela que fala por si só e não declara em ON, mas sim em OFF. Normalmente o jornalista vai atrás dela.

Informante... aquela que fala por si só e não declara em ON, mas sim em OFF. Normalmente o informante vai atrás do jornalista.

O terceiro problema - Ficha...

MORIN, Edgar. Um terceiro Problema.
----------------------------------------


No começo do século XX, o poder industrial estendeu-se por todo o globo terrestre.

Cinqüenta anos mais tarde um prodigioso sistema nervoso se constituiu no grande corpo planetário: as palavras e as imagens saiam aos borbotões dos teletipos, das rotativas, das películas, das fitas magnéticas, das antenas de rádio e de televisão.

A segunda industrialização, que passa a ser a indústria do espírito, [...] penetrando no domínio do homem e aí derramando mercadorias culturais. [...] hoje em dia músicas, palavras, filmes levados através de ondas, não haviam sido ao mesmo tempo fabricados industrialmente e vendidos comercialmente.

Os problemas colocados por essa estranha noosfera, que flutua na corrente da civilização, se encontram entre os terceiros problemas que emergem no meio do século XX.

É esse o caso daquilo que pode ser considerado como uma Terceira Cultura, oriunda da imprensa, do cinema, do rádio, da televisão, que surge, desenvolve-se, projeta-se, ao lado das culturas clássicas – religiosas e humanistas – e nacionais.

É no amanhã da Segunda Guerra Mundial que a sociologia americana detecta, reconhece a Terceira Cultura e a domina: mass culture. [...] produzida segundo as normas maciças de fabricação industrial; propaganda pelas técnicas de difusão maciça [...]; destinando-se a uma massa social, isto é, um aglomerado gigantesco de indivíduos compreendidos aquém e além das estruturas internas da sociedade (classes, famílias, etc.).

[...] há, de um lado um lado, uma “cultura” que define, em relação à natureza, as qualidades propriamente humanas do ser biológico chamado homem, e, de outro lado, culturas particulares segundo as épocas e as sociedades.

Assim, a cultura nacional, desde a escola, nos imerge nas experiências mítico-vividas do passado [...]. A cultura religiosa se baseia na identificação com deus que salva, e com a grande comunidade maternal-paternal que constitui a igreja. [...] Mais sutilmente, ou antes, de modo mais difuso, a cultura humanista procura um saber e uma sensibilidade, um sistema de formas afetivas e intelectuais [...].

As sociedades modernas são policulturais. Focos culturais de naturezas diferentes encontram-se em atividade: a (ou as) religião, O Estado nacional, a tradição das humanidades afrontam ou conjugam suas morais, seus mitos, seus modelos dentro e fora da escola.

A cultura de massa integra e se integra ao mesmo tempo numa realidade policultural. Faz-se conter, controlar, censurar (pelo Estado, pela Igreja) e, simultaneamente, tende a corroer, a desagregar as outras culturas.

Embora não sendo a única cultura do século XX, é a corrente verdadeiramente maciça e nova deste século. Nascida nos Estados Unidos, já se aclimou a Europa Ocidental. Alguns de seus elementos se espalharam por todo o globo. Ela é cosmopolita por vocação e planetária por extensão. Ela nos coloca os problemas da primeira cultura universal da história da humanidade.

[...] por mais diferentes que sejam as origens dos desprezos humanistas, de direita e esquerda, a cultura de massa é considerada como mercadoria cultural ordinária, feia ou, como se diz nos Estados Unidos: kitsch.

Isso nos leva a reexaminar e autocriticar nossa noção ética e estética de cultura, e recomeçar a partir de uma cultura em imersão histórica e sociológica.

Método autocrítico e método da totalidade. O método da totalidade engloba o método autocrítico porque tende não só a encarar um fenômeno em suas interdependências, mas, também, a encarar o próprio observador no sistema de relações.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Cultura de massa

Para Morin:

1- A cultura de Massa se constitui em corpo de símbolos, mitos e imagens concernentes à vida prática e a vida imaginária, um sistema de projeções e de identificações específicas.
2 - A Cultura de Massa se acrescenta às culturas nacional, humanística e religiosa e entra em concorrência com elas.
3 – É cosmopolita por extensão e planetária por vocação.

Ele propõe o uso de dois métodos:

1 – Totalidade: encarar o fenômeno em suas interdependências e inclui o pesquisador no sistema de relações. Encarar o mundo em todas as suas percepções e participar delas.
2 – Autocrítico: O pesquisador se despe dos preconceitos, acompanhando e apreciando o seu objeto de estudo. Não ser ETNOCENTRICO.

----

Surge este modelo teórico depois da Escola Sociológica Européia, a partir da Pop-Art (crítica da arte como comércio). Essa escola se diverge do Frankfurtianos e dos Funcionalistas. O “Terceiro Problema” (que Morin trata) é a cultura de Massa. O livro se Chama NEUROSE, que é o que a Cultura de Massa causa, segundo ele.

Pequeno tratado das grandes virtudes

O que é virtude? É uma força que age, ou que pode agir. Assim a virtude de uma planta e de um remédio, que é tratar, de uma faca, que é cortar, ou de um homem, que é querer e agir humanamente. [...] virtude é poder, mas poder específico.

A virtude de um ser é o que constitui seu valor, em outras palavras, sua excelência própria: a boa faca é a que corta bem, o bom remédio é o que cura bem, o bom veneno é o que mata bem...

[...] as virtudes são independentes do uso que delas se faz, como do fim a que visam ou servem. A faca não tem menos virtude na mão do assassino do que na do cozinheiro. [...] a melhor faca será a que melhor corta. [...] uma faca excelente nas mãos de um homem mau não é menos excelente por isso.

Perguntemo-nos qual é a excelência própria do homem. Aristóteles respondia que é o que o distingue dos animais, ou seja, a vida racional. Mas a razão não basta: também é necessário o desejo, a educação.

Toda virtude é, pois, histórica. [...] o poder específico que tem o homem de afirmar sua excelência própria, isto é, sua humanidade.

A virtude ocorre, assim, no cruzamento da hominização (como fato biológico) e da humanização (como exigência cultural); é nossa maneira de ser e de agir humanamente, isto é (já que a humanidade, nesse sentido, é um valor), nossa capacidade de agir bem.

Spinoza: “Por virtude e poder entendo a mesma coisa, isto é, a virtude enquanto se refere ao homem, é a própria essência ou a natureza do homem enquanto ele tem o poder de fazer certas coisas que se podem conhecer apenas pelas leis de sua natureza”;

Virtude, no sentido geral, é poder; no sentido particular, poder humano ou poder de humanidade. [...] sem os quais, como dizia Spinoza, seríamos a justo título qualificado de inumanos.

Tipos de Texto

Descrição
Dissertação
Descrição
...

*** Peça slides pelo email do blog ***

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Figuras...

FIGURAS DE PALAVRAS E DE PENSAMENTO

Quando utilizamos o sentido mais usual das palavras temos a DENOTAÇÃO. Quando utilizamos as palavras num sentido figurado, ou seja, diferente do usual e que passa a ser determinado pelo contexto temos a CONOTAÇÃO. As formas de expressão que consistem no uso de palavras em sentido figurado ou conotativo chamam-se FIGURAS DE LINGUAGEM.

*COMPARAÇÃO: figura de linguagem que consiste em aproximar dois elementos pela semelhança, de modo que as características de um sejam atribuídas ao outro sempre por meio de uma palavra comparativa. (como) “Ele é como um touro”
*METÁFORA: figura de linguagem que consiste no emprego de uma palavra com sentido que não lhe é comum ou próprio, sendo esse novo sentido resultante de uma relação de semelhança. “Ele é um touro”
*METONÍMIA: figura de linguagem que consiste na substituição de uma palavra por outra em razão de existir entre elas relação de proximidade ou interdependência. “A menina está passando mal porque comeu uma caixa de bombons”
*PERSONIFICAÇÃO: figura de linguagem que consiste em atribuir linguagem, sentimentos e ações próprias dos seres humanos a seres inanimados ou irracionais. “As árvores se despem justo quando começa o inverno”
*CATACRESE: figura de linguagem que consiste no emprego de um termo figurado por falta de um específico para dar nome a determinados elementos que necessitem de designação. “Ninguém coça as costas da cadeira”
*HIPÉRBOLE: é a figura de linguagem que consiste em expressar uma idéia com exagero. “Faz um ano que estou te esperando”
*EUFEMISMO: figura de linguagem que consiste no emprego de palavra ou expressão no lugar de outra considerada desagradável ou chocante. “Os olhos azuis se vão – ele morreu”
*ANTÍTESE: figura de linguagem que consiste no emprego de palavras de significados contrários. “Aqui viajam 10 pneus cheios e um coração vazio”
*PARADOXO: figura de linguagem que consiste no emprego de idéias antagônicas, que se excluem mutuamente. “Amor é fogo que arde sem se ver...”
*IRONIA: figura de linguagem através da qual se afirma algo de maneira a dar entender exatamente o oposto do que se esta afirmando. “Nossa, mas que roupa linda!”

FIGURAS DE SINTAXE OU DE CONSTRUÇÃO

* ELIPSE: é a omissão de um termo da oração facilmente identificável (quer por elementos gramaticais, quer pelo contexto) “São bons de porte e finos de feição (eles são...)”
* ZEUGMA: é um caso especial de elipse. Trata-se da omissão de um termo já mencionado anteriormente “És bela- eu moço; tens amor-eu medo! (Álvares de Azevedo)”
* POLISSÍNDETO: é uma figura caracterizada pela repetição das conjunções “E assim foi, e assim será, e assim tem de ser”
* ASSÍNDETO: figura caracterizada pela ausência, omissão das conjunções coordenativas “Coçou o queixo cabeludo, parou, reacendeu o cigarro. (Manuel Bandeira)”
* PLEONASMO: consiste na repetição de um termo ou uma idéia. É um recurso estilístico que tem a função de realçar uma idéia, torná-la mais expressiva, daí ser chamado pleonasmo de reforço ou estilístico “Vi, claramente visto, o lume vivo”
* ANÁFORA: consiste na repetição de uma ou mais palavras no início de vários versos. Pode, também, ocorrer na prosa “...e sob as ondas ritmadas / e sob as nuvens e os ventos ... (Carlos Drummond de Andrade)”
* INVERSÃO: troca da ordem normal das palavras na oração. “As margens plácidas ouviram do Ipiranga”
* SILEPSE: concordância que se faz com o sentido e com a idéia das palavras “O pessoal ficou apavorado e saíram correndo (silepse de número) / Vossa Majestade parece cansado. (silepse de gênero) / Somos todos cidadãos. (silepse de pessoa)”

Comunicação e Expressão II

Professora:
Fernanda Mazza Garcia

Horário:
Sexta - 16:50h às 18:30h

Cidadania...

Quando pensamos em cidadania, nos vem em mente Solidariedade. O que é isso? Preocupação com o outro, ajudá-lo, ter compaixão... Qual o seu oposto? Egoísmo, egocentrismo - pensar nas próprias vontades... Essa atitude de pensar o outro deve haver um equilíbrio. Esse se encontra na consciência. Temos que ser consciêntes das nossas assistências para não cair no assistencialismo e sim na cooperação.

Assistencialismo: ação social que oferece ajuda ou assistência de forma duradoura, sem que o beneficiário da ação se comprometa com o processo em momento algum. Este nunca recebe a capacidade de ser autônomo.

Cooperação: ação social que promove ajuda de um elemento - ou de um grupo - que participa do processo que o beneficia. Com isso, desenvolve em si a capacidade de ser autônomo - por isso tem chance de progredir. Existe aqui uma relação de comprometimento.

"A cooperação estimula a consciência, o conhecimento da capacidade.
Já o assistencialismo, a dependência."


-- BRINCANDO COM PALAVRAS --
Assistencialismo é dar o peixe enquanto cooperação é ensinar a pescar!

-- EM SALA --
Assistencialismo é bom ou mau? Dar assistência é bom, um gesto de cidadania, mas dá-la de forma assistencialista cria um vício, uma dependência. Isso é mau. Devemos separar Assistencialismo de Assistência.

-- TESTANDO --
Defina Assistencialismo e Cooperação. Diga qual a relação deles com a definição de cidadania.

Ética e Cidadania II

Professora:
Cátia

Horário:
Sexta - 14:50h às 16:40

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Diafragma e Obturador

Diafragma: é um aparelho das máquinas fotográficas - objetivas - que regula a abertura para a passagem da luz. Existem casos e casos para entender melhor o tamanho ideal dessa, mas, genericamnete falando, quanto maior a quantidade de luz, menor deve ser o orifício. Para o foco, também é importante saber essa função. Com uma circunferência menor, toda a foto passa a ser percebida nitidamente. E, logicamente, se maior, a nitidez se localiza no ponto de destaque escolhido pelo fotógrafo para dar ênfase à imagem.

Obturador: é o responsável pelo tempo que a luz leva para sensibilizar o filme. Novamente aqui, casos e casos existem. No geral, quanto mais luz, menor o tempo. Esse pode variar de 1 segundo à 2 milésimos. Quanto maior o tempo de abertura, maiores são as possibilidades de que a foto saia borrada se houver movimento.

O que é fotografia? - Ficha...

KUBRUSLY, Claudio Araújo. O que é fotografia, São Paulo. Brasiliense, 2003. Coleção primeiros passos; 82.

O QUE É FOTOGRAFIA?

•[ela] substitui o fluir da própria vida, o passar incessante do tempo...
•Fotografar passar a ser o ato de parar o fluir de uma imagem já existente, não um processo de obtenção e reprodução dessa imagem.
•[quando surgiu] parecia mágico – quase bruxaria – que uma máquina pudesse produzir imagens tão perfeitas de qualquer coisa que se colocasse diante dela.
•[O que é fotografar?] Fiz a pergunta a várias pessoas – inclusive alguns fotógrafos – e não houve sequer duas respostas iguais.
•Nem só os poetas devem saber ler e escrever, assim como nem só os fotógrafos devem ter acesso à fotografia.
•A idéia de aprisionar aquelas imagens era, portanto, banal. Quase todos devem tê-la acariciado alguma vez. Muitos empreenderam a aventura de buscar uma solução; alguns chegaram a resultados mais ou menos satisfatórios. Isto explica por que a fotografia foi inventada por várias pessoas, quase ao mesmo tempo, em diferentes lugares, inclusive no Brasil, por outro francês: Hércules Florence.
•Experimentamos uma espécie de frustração diante de uma fotografia, ela provoca, quase sempre, o desejo de mais informação. Queremos saber sobre antes e depois, perguntamos sobre pessoas, o lugar, o evento, a época. Buscamos a história que a imagem insinua e oculta, o texto que falta, falado ou escrito.
•O cinema e a televisão também surgem das imagens impecáveis de uma objetiva, mas a inevitável superposição de imagens, que imita o movimento, destrói cada imagem isolada. Vemos todas as imagens em conjunto num fluxo que imita a vida.
•A imagem imóvel da fotografia – fragmento retido do tempo – provoca outro tipo de envolvimento. [...] É impossível separar a fotografia do tema fotografado, mas ela não é o tema, é apenas o vestígio deixado por ele no momento mágico do clic.
•O rosto, e não as impressões digitais, é nosso documento de identidade. [...] Além de identificar determinada pessoa, precisa e rapidamente, o rosto informa, ao mesmo tempo, sobre seu ânimo, disposição ou estado de espírito. [...] o rosto humano parece ser o mais intrigante e é, seguramente, o mais fotografado. [...] O homem só não foi o primeiro tema da fotografia por razões técnicas.
•Daguerre se prepara para fotografar, do alto, um boulevard parisiense. Um homem pára numa esquina e decide engraxar os sapatos, sem saber que será a primeira “vítima” da objetiva (máquina fotográfica). [...] ninguém sabe o seu nome ou quem seja.
•O retrato fotográfico tinha sido conquistado apenas em parte. Faltava um elemento decisivo: um tempo de exposição tão curto que por si só paralisasse os movimentos, prescindindo, para captar o “breve instante”, do prolongamento artificial da pose, numa imitação absurda da vida. Faltava o instantâneo. Passaram-se duas décadas até a conquista definitiva do instantâneo.
•Todos tinham no instantâneo uma nova ameaça: qualquer um poderia ser surpreendido fazendo qualquer coisa e ter a sua imagem registrada sem que fosse preciso pousar ou saber da existência do fotógrafo.
•Um retrato pode ser examinado minuciosamente, com uma insistência com que não ousaríamos olhar o próprio retrato. É como estar do outro lado do espelho, observando sem o risco de ser observado também – um monólogo, sem as implicações de outro olhar para dialogar.
•A primeira página do New York Tribune do dia 21 de janeiro de 1897 publicava a primeira imagem impressa sem o “auxílio da mão do artista”.
•Estimulados por tiragens sempre crescentes, fotógrafos e editores esforçavam-se por desvendar a sintaxe da nova narrativa, aplicando muitas vezes, às imagens, conceitos e estruturas verbais. A substituição de palavras por imagens é um tema que até hoje gera boas discussões.

FotoJornalismo - 2J1

Professor:
Jairo Casoy

Horário:
Quinta - 13:00h às 16:40h

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Escola Sociológica

Fernando Oliveira de Moraes *

A era dos Extremos: o breve século XX foi o nome dado pelo historiador Eric Hobsbawm para caracterizar o período que vai de 1914 a1991, um tempo marcado por grandes transformações na história da civilização humana. Entre outros fatos marcantes dessa época, podemos citar as duas grandes guerras e a explosão da bomba atômica que deixaram profundas feridas jamais cicatrizadas na humanidade.
Paralelamente e com estreitas relações com essas grandes catástrofes humanas, a evolução tecnológica em curso alterou profundamente o cotidiano das pessoas. O rádio, o cinema, a televisão alcançaram os contos mais remotos do planeta, trazendo para dentro dos lares novos padrões de comportamento e aproximando pessoas e diferentes culturas, transformando o mundo em uma imensa aldeia global.


Escola Sociológica Européia

O desenvolvimento tecnológico e dos meios de comunicação, especialmente a partir da segunda metade do breve século XX, para usar a expressão de Hobsbawm, trouxe profundas transformações no cotidiano, afinal a tecnologia atingiu os milhares de lares no mundo todo. Trouxe também mudanças no comportamento das famílias, do jovem, da mulher, da sociedade, enfim.
Captando essa mudança na sensibilidade das multidões, artistas como Andy Warhol e Roy Lichenstein, passam a retratar e expressar esse sentimento humano na forma de uma nova forma de arte. Warhol, oriundo da publicidade, passa a sacralizar personalidades do mundo moderno, como por exemplo, o então promissor jogador de futebol Pelé, a estrela de cinema Marilyn Monroe, a si próprio, e também objetos de consumo cotidiano como uma lata de sopa Campbells. Roy Lichenstein, por sua vez, transforma em arte histórias em quadrinhos. Ambos fazem grande sucesso com o que seria conhecida como a Pop-Art. Estávamos no início da conturbada década de 60.

Essas e outras expressões da Pop-Art seriam merecedoras de pesadas críticas se fossem analisadas pelos integrantes da Escola de Frankfurt, por apresentar um caráter banal e efêmero. No entanto, para um grupo de estudiosos europeus, a Pop-Art seria uma expressão crítica ao valor de culto atingido pelas artes clássicas. Ao sacralizar na forma de arte uma personalidade famosa como Marlyn Monroe ou uma história em quadrinhos, objetos da cultura de massa, Warhol e Lichenstein estariam também fazendo uma crítica à sociedade de consumo que tem o poder de transformar arte em mercadoria.
A análise desses produtos culturais de massa pelos teóricos europeus parte de um ponto de vista crítico porém não preconceituoso, situando-se no âmbito da antropologia cultural e da análise estrutural.

Podemos adiantar que uma cultura constitui um cor­po complexo de normas, símbolos, mitos e imagens que penetram o indivíduo em sua intimidade, estruturam os instintos, orientam as emoções. Esta penetração se efetua segundo trocas mentais de projeção e de identificação po­larizadas nos símbolos, mitos e imagens da cultura como nas personalidades míticas ou reais que encarnam os va­lores (os ancestrais, os heróis, os deuses). Uma cultura fornece pontos de apoio imaginários à vida prática, pontos de apoio práticos à vida imaginária; ela alimenta o ser semi-real, semi-imaginário, que cada um secreta no inte­rior de si (sua alma), o ser semi-real, semi-imaginário que cada um secreta no exterior de si e no qual se envolve (sua personalidade). (MORIN, 1962, p: 15)

Para criticar a cultura de massa é preciso conhecê-la a fundo, propõem os integrantes dessa Escola. Assim, será objeto de análise tanto as histórias em quadrinhos (Umberto Eco faz uma análise do personagem em quadrinhos Steve Canyon), quanto os conteúdos veiculados no cinema, no rádio, na televisão, na publicidade etc. A análise dos produtos culturais será feita tendo como ponto de partida o conteúdo desses objetos culturais:

Nem retirada solitária, nem ritos cerimoniais opõem a cultura de massa à vida quotidiana. Ela é consumida no decorrer das horas. Os valores artísticos não se diferen­ciam qualitativamente no seio do consumo corrente: os jukebox oferecem ao mesmo tempo Armstrong e Brenda Lee, Brassens e Dalida, as lengalengas e as melodias. En­contramos o mesmo ecletismo no rádio, na televisão e no cinema. Este universo não é governado, regulamentado pela polícia do gosto, a hierarquia do belo, a alfândega da crítica estética. As revistas, os jornais de crianças, os programas de rádio, e, salvo exceção, os filmes não são mais governados pela crítica "cultivada" do que o consu­mo dos legumes, detergentes ou máquinas de lavar. O produto cultural está estritamente determinado por seu caráter industrial de um lado, seu caráter de consumação diária de outro, sem poder emergir para a autonomia es­tética. Ele não é policiado, nem filtrado, nem estruturado pela Arte, valor supremo da cultura dos cultos. (MORIN, 1962, p.18)

Uma marca dos integrantes dessa corrente teórica é a crítica que fazem aos teóricos da Escola de Frankfurt (e também aos funcionalistas), a quem acusam de criticar a cultura de massa sem conhecê-la a fundo, ficando no âmbito da superestrutura.

Expoente da teoria da comunicação na Europa, Umberto Eco, em seu livro Apocalípticos e integrados (ver bibliografia), critica os teóricos "integrados" (funcionalistas) por passividade diante das questões relativas à cultura de massa e, principalmente, os "apocalípticos" (membros da Escola de Frankfurt) por seu pessimismo diante da sociedade de massa por negar a cultura de massa sem realmente analisá-la. Para Eco, ambos (integrados e apocalípticos) utilizam "conceitos-fetiche" (massa, indústria cultural) para tratar de maneira genérica um fenômeno complexo como a cultura de massa. (SANTOS, 1992: p. 17)

Outra crítica que a Escola Sociológica Européia fará é quanto ao sentimento arrogante dos intelectuais diante da cultura de massa, apesar de viverem dela. Morin dirá que os intelectuais têm uma visão valorizante da cultura e menosprezam outras culturas que não sejam a sua:

Os intelectuais atiram a cultura de massa nos infer­nos infraculturais. Uma atitude "humanista" deplora a invasão dos subprodutos culturais da indústria moderna, dos subprodutos industriais da cultura moderna. Uma ati­tude de direita tende a considerá-la como divertimento de ilotas, barbarismo plebeu. Foi a partir da vulgata marxista que se delineou uma crítica de "esquerda", que considera a cultura de massa como barbitúrico (o novo ópio do povo) ou mistificação deliberada (o capitalismo desvia as massas de seus verdadeiros problemas). Mas profunda­mente marxista é a crítica da nova alienação da civiliza­ção burguesa: na falsa cultura a alienação do homem não se restringe apenas ao trabalho, mas atinge o consumo e os lazeres. Eu tomarei a tratar desses temas, é claro, mas gostaria, primeiramente, de observar aqui que, por mais diferentes que sejam as origens dos desprezes humanistas, de direita e esquerda, a cultura de massa é considerada como mercadoria cultural ordinária, feia, ou, como se diz nos Estados Unidos: kitsch. Pondo entre parênteses qual­quer juízo de valor, podemos diagnosticar uma resistência global da "classe intelectual" ou "cultivada".

Não são os intelectuais que fazem essa cultura; os primeiros autores de filmes eram estrangeiros, os jornais se desenvolveram fora das esferas gloriosas da criação literária; rádio e televisão foram o refúgio dos jornalistas ou comediantes fracassados. É certo que progressivamente os intelectuais foram atraídos, chamados, para as salas de redação, os estúdios de rádio, os escritórios dos pro­dutores de filmes. Muitos encontraram aí uma profissão. Mas estes intelectuais são empregados pela indústria cul­tural. Só realizam por acaso, ou após lutas extenuantes, os projetos que trazem em si. Em casos extremos, o autor é separado de sua obra: esta não é mais sua obra. A cria­ção é esmagada pela produção: Stroheim, Welles, venci­dos, são rejeitados pelo sistema, uma vez que não se dobram. (MORIN, 1962, p. 17)

Na análise dos produtos culturais, Edgar Morin propõe o uso de dois métodos: autocrítico e o da totalidade. O primeiro diz que o pesquisador deve despir-se dos preconceitos na análise dos produtos da cultura de massa, acompanhando e apreciando o seu objeto de estudo.

O método autocrítico, desentulhando o moralismo altivo e a agressividade frustrada, e o anti-kitsch de­sembocam naturalmente no método da totalidade. De uma só vez, podemos evitar o sociologismo abstraio, burocrá­tico, do investigador interrompido em sua pesquisa, que se contenta em isolar este ou aquele setor, sem tentar descobrir o que une os setores uns aos outros.

É importante, também, que o observador participe do objeto de sua observação; é preciso, num certo sentido, apreciar o cinema, gostar de introduzir uma moeda num jukebox, divertir-se com caça-níqueis, acompanhar as par­tidas esportivas, no rádio, na televisão, cantarolar o último sucesso. Ë preciso ser um pouco da multidão, dos bailes, dos basbaques, dos jogos coletivos. É preciso conhecer esse mundo sem se sentir um estranho nele. É preciso gostar de flanar nos bulevares da cultura de massa. Talvez uma das tarefas do narodnik moderno, sempre preocupado "em atingir o povo", seja assistir Dalida. (MORIN, 1962, pP. 20 E 21)


Já o método da totalidade significa que é preciso encarar o fenômeno cultural em suas interdependências, incluindo o próprio pesquisador no sistema de relações.
Enfim, o método da totalidade deve ao mesmo tempo evitar o empirismo parcelado, que, isolando um campo da realidade, acaba por isolá-lo do real, e as grandes ideias abstratas que, como as vistas televisionadas de um satélite artificial, só mostram um amontoado de nuvens acima dos continentes. É preciso seguir a cultura de massa, no seu perpétuo movimento da técnica à alma humana da alma humana à técnica, lançadeira que percorre. todo o pro­cesso social. Mas ao mesmo tempo, é preciso concebê-la como um dos cruzamentos desse complexo de cultura, de civilizações e de história que nós chamamos de século XX. Não devemos expulsar de nosso estudo, mas sim centralizar, os problemas fundamentais da sociedade e do homem, pois elos dominam nossos propósitos. (MORIN, 1962: p. 21)


Os principais integrantes dessa corrente dos estudos da comunicação surgida na década de 60 século passado são Umberto Eco, Edgar Morin, Roland Barthes e Jean Baudrillard.


BIBILIOGRAFIA

ADORNO, Theodor W. Adorno. A indústria cultural. In: COHN, Gabriel (Org.). Comunicação e indústria cultural. São Paulo: Editora Nacional: 1978.
BENJAMIN, Walter. A obra de arte na época de sua reprodutibilidade técnica. In: LIMA, Luiz Costa (Org.). Teoria da cultura de massa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978.
COHN, Gabriel. Comunicação e Indústria Cultural. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1978.
HOBSBAWM, Eric. Era dos Extremos: o breve século XX: 1914-1991. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
LOPES, Maria Immacolata Vassalo. Pesquisa em comunicação: formulação de um modelo metodológico. São Paulo: Loyola, 1994.
LIMA, luiz Costa. Teoria da Cultura de Massa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978.
MATTELART, Armand e Michele. História das Teorias da Comunicação. São Paulo: Loyola, 1999.
MIÈGE, Bernard. O pensamento comunicacional. São Paulo, Vozes: 2000.
MORAES, Fernando Oliveira de. A Festa do Divino em Mogi das Cruzes: folclore e massificação na sociedade contemporânea. São Paulo, Annablume/FAPESP: 2003.
POLISTCHUK, Ilana & TRINTA, Aluízio Ramos. Teorias da comunicação: o pensamento e a prática da comunicação social. Rio de Janeiro: Campus, 2003.
SANTOS, Roberto Elísio dos. Introdução à teoria da comunicação. São Bernardo do Campo: EDIMS, 1992.
SOUSA, Mauro Wilton de (org.). Sujeito, o Lado Oculto do Receptor. São Paulo: Brasiliense, 1994.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Cultura

Não existe um conceito canonico de cultura. Um que a resume bem diz ser a responsável pelo comportamento humano - provoca a ação. A natureza vai contra a cultura. Tudo aprendemos culturalmente, seja o nojo, a maternidade. Somos predominantemente culturais, diferente - e é o que nos difere - dos animais que são instintivos. Pode-se muito bem observar isso no fato de que se uma criança cresce com algum animal, tende a imitá-lo, já um cachorro que cresce com gatos não tende a miar.
A cultura formata o nosso agir, sentir e o pensar!!! Ela seleciona o que podemos desejar, ou seja, ela deseja através de nós. Com ela aprendemos a ser humanos e assim cada um se comporta de acordo com a sua cultura. Não existe nenhum - nenhum - comportamento que seja igual em todos os lugares.

Com isso se questionou de onde vinha essa diversidade: surgiu então o determinismo biológico e geográfico. Ambos podem influenciar, mas nunca determinar a cultura. Hoje, outro fator que interfere na cultura é a idéia marxista de produção. A sociedade gera uma cultura específica, de massa e que com o capitalismo virou uma cibercultura.

Etnocentrismo

Etnocentrismo é julgar os outros partindo da nossa cultura, o que pode ser pejurativo na maioria dos casos. Assim sendo, um jornalista deve sempre analisar algo ou alguém pela sua cultura.

Determinismos

Biológico: comportamento determinado pel corpo

Acreditava-se que por meio da biologia e do corpo as pessoas tinham determinado comportamento. Como justificar um ato ou proibir uma criança por ela ser criança; dizer que os mais inteligentes são os japoneses. Mas o que acontece é uma questão cultural: por causa da cultura a criança é privada de alguns atos, mas nada impede que ela faça; um japones pode até ser mais inteligente, mas isso porque sua cultura é mais estudiosa e não por uma questão de genes.

Geográfico: comportamento determinado pelo meio

A mesma coisa acontecia com as diversas partes do mundo. Pessoas de várias regiões eram nomeadas mais sérias, mais divertidas... como se o meio - frio, calor... - determinasse o comportamento, mas não. O que determina é a cultura do local. Essa sim pode ter sido influênciada pelo ambiente.

Escola Européia

Escola Sociológica Européia

Método: estruturalismo;
Técnica: análise de conteúdo;
Objeto: a mensagem na comunicação de massa;
Local: Itália e França na década de 60;
Principais nomes: Umberto Eco, Roland Barthes, Edgar Morin e Jean Baudrillard;

Contexto histórico: A grande explosão da cultura de massa se deu após a crise de 29, pois era imposta uma sociedade do consumo para recuperar a perda. Com o fim da 2ª Guerra houve uma mudança de pensamento na humanidade: 1° porque se acreditava na tecnologia como avanço e não como máquina mortífera; 2° foi aplicado essa modernidade em aparelhos para consumo; e 3° a evolução dos meios de comunicação de massa atingiu o mundo todo. Outro fator importante nesse contexto foi a ArtPop - com Andy Warhol e Roy Lichenstein - que veio criticar o valor de troca que a arte adquiriu.
Características principais: análise antropológica da comunicação de massa - com ênfase na cultura de massa e o homem contemporâneo. Passaram a analisar o conteúdo dos considerados produtos Kitsch - brega - de forma crítica e não preconceituosa. Como método estruturalista viam de que forma as partes de um conjunto formam o todo: "a soma das partes é maior do que o todo".
Se diferem dos funcionalistas* (integrados) pela passividade diante os fatos e dos frankfurtianos** (apocalípticos) pelo negativismo e por não analisarem a comunicação de massa. Para Umberto Eco ambas as teorias anteriores coisificavam - usando conceitos fetiches - a comunicação de massa que é tão complexa - e como ele julga: é o homem comtemporâneo.
Edgar Morin criticou mais os frankfurtianos, em especial Adorno. Escreveu um texto chamado Indústria Cultural concordando com a padronização, mas dizendo, sobretudo, que não podiam ser julgados.




* FUNCIONALISTAS: estudavam a Cultura de massa - Democratização da cultura


** FRANKFURTIANOS: estudavam a Indústria cultural - Nada presta

Fonte

Antes da modernização nas redações dos jornais, havia um personagem que passava de mão em mão entre os jornalistas, o sebinho! Era o livro responsável pelas fontes. Todos partilhavam os contatos. Com a modernização, cada um começou a criar o seu próprio arquivo. A competitividade ajudou nessa separação. Temos que aprender a compartilhar as fontes!
E também a cuidar bem delas, quando em alguns casos específicos como no Senado. Porém que fique uma lição: nunca se envolver com a fonte. O caso de Calheiros pode explicar o porquê.

Pauta

Dirigir um carro no começo é como aprender a fazer uma pauta. Se esquematiza, memoriza e programa o que se deve fazer. Depois de um tempo o carro vira uma extensão do corpo humano. A mesma coisa com a pauta e o pensamento: basta pensar para ter uma pauta em mente, sem precisar fazer relatórios. Na correria do dia-a-dia jornalístico, às vezes é preciso somente fazer um email propondo a pauta. Aprendemos na faculdade essa montagem para que mais pra frente, pelo hábito, se encorpore no aluno, no pensar do aluno.
Porém existe um vasto entendimento por pauta: pode ser a de uma revista (o programa), a de um setor da revista (os acontecimentos da parte esportiva), a do dia (os acontecimentos do dia) e aquela de uma matéria em específico.

Público Alvo

Temos que saber, antes de tudo, quem será o leitor, ouvinte ou telespectador de nossa mensagem. A mesma notícia é contada de formas diferentes por esse motivo: cada redação enfoca naquilo que julga ser de interesse do seu público.
Usando a Globo como exemplo, podemos notar essa importância. O Jornal Nacional é voltado para aqueles que passaram o dia fora de casa e que querem saber tudo o que aconteceu, por isso as notícias são explicadas da maneira mais simples e rápida possível; No Globo News, os telespectadores já se sabem o que aconteceu e não querem uma prévia; Por fim, no Fantástico, todos já se informaram dos fatos e querem apenas novas informações. Assim vemos que numa mesma rede, os públicos são variáveis e que as notícias variam de acordo com o seu alvo.

Intro do curso

Cultura, conceito antropológico.
Jornalismo e cultura, intérprete do real.

"Tudo o que fazemos não vem do nada, tem origem na cultura!"

O curso ajuda a preparar uma compreensão crítica do universo humano. Isso porque na contemporaneidade assisti-se muito a compreensão passiva, sem levantar questões. Podemos ser favoráveis a nossa cultura, mas devemos criticá-la em todos os seus aspectos.

Comunicação e Cultura II

Professor:
Edilson Cazzeloto

Horário:
Terça - 16:40h às 18:30h

O que é jornalismo?

"Jornalismo é APURAÇÃO,
PROCESSAMENTO e TRANSMISSÃO
de informações para um determinado público"


Essa é a essência do jornalismo. Sem qualquer uma dessas três ações fica impossível praticar a profissão, pelo menos de maneira ética e responsável.

TREP

Professor:
Sérgio Rizzo

Horário:
Terça - 13:00h às 14:50h

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

História da Comunicação

Comunicar era antes, nada mais do que, levar uma mensagem de um lado para outro - entenda-se esses lados como Emissor e Receptor. Não existia uma outra função até que os funcionalistas (Habermas, citando apenas um) vieram com a idéia de estímulo-resposta. Cada mensagem produzia uma ação que gerava uma reação, como em uma injeção e daí surgiu o nome de teoria hipodérmica. Seria o Feed Back nas mensagens. Com o surgimento dos formadores de opinião, essa caixa vazia que eram os receptores, ganham vida e preenchem um espaço nesse mundo da comunicação.
Adorno então, em 1947, com a Escola de Frankfurt - que apesar do nome, não foi uma escola física e sim intelectual - lança a teoria crítica ao trocar o termo Cultura de Massa pela famosa Indústria Cultural. Nessa ele dizia que a cultura superior (em uma palavra não tão correta, a cultura da classe A) e a inferior (em uma palavra mais correta, a cultura popular) perderam a religiosidade, o valor de culto, a aurea para ganharem valor comercial.
Ele propõe a análise de conteúdos e diz que o cinema não é arte, pois usa da técnica para a sua reprodutibilidade. Essa visão vai ser encarada como pessimista em 1960 com o surgimento da Escola Sociológica Européia.

Teoria da Comunicação II

Professor:
Fernando Moraes

Horário:
Segunda - 14:50h às 16:40h

Virtuoso e Consciência

Virtuoso...

Depois da lenda do anel de Sócrates, aquele poderoso que ao girá-lo no dedo tornava quem o possuia invisível (mais ou menos como no filme O Senhor dos Anéis), veio a pergunta: o homem é virtuoso em quais momentos? Será que desaparecer o deixa menos virtuoso? Não precisamos desse anel nos dias de hoje para contemporaneizarmos essa questão. Quando uma pessoa está sozinha, age ela de acordo com as suas virtudes ou passa a contrariá-las?

Dilema da vida humana...

De uma história real de uma mulher presa em um campo de concentração durante a guerra, nos colocamos diante de um exemplo de dilema da vida humana. Ela estava presa e pensava ter marido e filho assasinado. Um dia, ao saber que viviam ainda e que a procuravam sem descanço, resolver tentar sair dali. As opções eram três: morrendo, pegando uma doença grave ou engravidando. Escolheu a última e teve a ajuda de um guarda. Alguns diriam dos males o menor, mas ela enfrentou um dilema: fazer algo contra seus princípios (adultério) para algo a favor de seus princípios. Para completar, o marido, ao saber, quis logo saber o nome do guarda para poder dá-lo ao seu novo filho em agradecimento por ter a mulher de volta.

Consciência...

O centro da vida moral está na consciência. CONSENTIR é a ação que justifica moralmente o mal de uma pessoa. Uma vingança por exemplo pode ser moralmente errada ou não. Se houver o consentimento, aí é que mora o perigo. Porém isso não nega a negatividade do ato e a falta de controle, digamos assim, para os casos que são feitos inconscientes (como revidar um soco na hora).

Filosofia e Lógica II

Professor:
Jorge Luiz R. Gutierrez

Horário:
Segunda - 13:00h às 14:50h

TURMA 2J

Esse foi o semestre vivido pela turma 2J de jornalismo na Universidade Presbiteriana Mackenzie (1º semestre de 2008).

Escolha o curso no menu ao lado e confira todo o conteúdo das aulas, textos lidos, slides... que foi estudado durante o semestre.

Para receber mais informações sobre os conteúdes, envie e-mail para mackjornalistas@gmail.com

Carlos Eduardo Xavier

Minha foto
Atendo pelo nome Carlos Eduardo Xavier. Nasci em Assis (SP) no dia 17/12/1987 e logo me mudei para Cerejeiras (RO), onde passei minha infância, melhor fase da minha vida. Novamente em Assis, termino a escola e o colegial. Vou morar na Itália, onde passo um ano convivendo com pessoas de mais de 100 nacionalidades. Em Loppiano (Firenze - Itália) é que aprendi a viver o que a vida sempre me ensinou. Assis pela terceira vez me recebe, mas por somente seis meses. De lá vou para a capital do estado, onde, agora, faço Jornalismo na Universidade Presbiteriana Mackenzie. MSN... cadu_gen@hotmail.com