sábado, 31 de maio de 2008

Revisão

"QUAL O OBJETIVO DA CORRENTE DE PENSAMENTO? QUAIS CONCEITOS USAVAM? COMO ELAS SE RELACIONAM?"

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ESCOLA SOCIOLÓGICA EUROPÉIA

Método: estruturalismo
Técnica: análise de conteúdo
Local: Itália e França
Período: década de 60
Postura: crítica, mas não preconceituosa.

Para MORIN, a Cultura de Massa é igual a corpo de símbolos, mitos e imagens da vida prática e imaginária. Ela nos coloca os problemas da cultura universal, da história da humanidade. A cultura do homem moderno, e não mais como Adorno pensava.

TEORIA DA RECEPÇÃO

Método: qualitativo
Técnica: análise do receptor
Local: América latina e Brasil
Período: anos 60 a 90
Postura: interpretativa.

Grande influência de GRAMSCI com o conceito de Hegemonia. Ocorre uma negociação dos significados. Cada grupo interpretará os fatos de uma maneira. A recepção não é mais vista como um ponto de chegada numa comunicação. E com BARBERO, a mediação (espaço e tempo) ganha importancia na comunicação.

domingo, 25 de maio de 2008

Revisão

Leitura e prática da pesquisa

- Construção do discurso científico: instâncias, fases, teor conceitual e analítico.
- Modelo metodológico presente nos discursos produzidos e na relação com os discursos em produção.
- Sujeito investigador é responsável pela organização do discurso.
- Método não se move apenas no tempo lógico, mas também no tempo histórico do objeto de estudo.
- O discurso é uma totalidade na qual se juntam, indissoluvelmente, teses e movimentos.
- Construção do discurso implica coerência que provém da responsabilidade científica do investigador (sujeito que detém sua autoria).
- Princípio da não contradição interna e externa.

As instâncias da pesquisa

- Instância teórica:
* concebida em função da pesquisa;
* meio de ruptura com o senso comum (formulação conceitual visando explicar os fatos);

- Instância metodológica:
* enunciação das regras de estruturação da pesquisa;
* exposição, causação;

- Instância técnica:
* operacionalização;

- Instância epistemológica:
* construção do objeto científico (a partir do ponto de vista do autor);

Ecléa Bosi

- Como passar da opnião para o conhecimento?
- Não se trata de procurar uma simples conseqüência dos fatos. Deve-se confrontar cada asserção com a experiência e voltar para as coisas.
- "Essa não é uma atitude técnica, é uma conversão".

Edgar Morin

- Desenvolvimento de uma aptidão geral para colocar e tratar os problemas;
- Princípios organizadores que permitem ligar os saberes e lhes dar sentido;
- O novo espírito científco: rompimento da barreira das disciplinas;

(Resumo) Apuração da Notícia

A Apuração da Notícia, de Luiz Costa Pereira Junior

Introdução
- Simbiose (jornalismo) => desempenho técnico + compromisso ético
- Notícia => transcrição da realidade
- Hoje a informação é resultado de uma manufatura.
- Os fatos são uma reconstrução e não um retrato da realidade.
- Objetividade: método de obtenção de informação confiável.

O real que é linguagem
- Expor o conteúdo significa, antes de mais nada, escolher episódios, aproximar eventos dispersos, privilegiar um incidente em lugar do outro.
- O jornalismo é seleção de fatos.
- Reportagem não pode limitar-se a resumir o conteúdo de relatórios.
- A seleção de fatos aleatórios determina a forma como uma realidade é apresentada ao público.
- O jornalismo é ficção e não é, é real e não é.
- O trabalho jornalístico seria o de explicar o encadeamento de eventos que produziram o fato.

O objetivo dos fatos
- O desenvolvimento do jornalismo evidencia a credibilidade como condição da indústria.
- Um trabalho jornalístico é objetivo quando garante o equilíbrio entre o pró, o contra, os ângulos da notícia, quando faz apresentação das partes ou das possibilidades em conflito.
- A inviabilidade de uma dimensão pragmática do texto informativo torna o jornalismo um operador semântico.

Os métodos de apuração
- A notícia é construída no cuidado com a verificação, sobre o alicerce do lavantamento de informações.
- A apuração de informação, a investigação, é a condição que faz um relato impresso ser jornalismo, não literatura.
- Toda reportagem tenta dar resposta a uma curiosidade ou lançar uma hipótese sobre a realidade. Pauta não é tema. Não busca confirmar o que já se sabe.
- Fornecedores de informação (fontes) são pessoas e instituições que defendem seus interesses acima de tudo.
- O repórter não pode bancar uma informação sem confirmá-la.

A humanização das fontes
- “Desumanizar” é, por óbvio, tratar de pessoas como quem fala de fenômenos climáticos ou estatísticos.
- Buscar o máximo de ângulos e nuances, não só para os sujeitos como para as situações abordadas, humaniza um relato jornalístico.
- Entrevista é, antes de tudo, construir as condições para que seu interlocutor comece a dizer coisas que hesitaria dizer de bate-pronto a qualquer um. E raramente os encontros entre repórter e entrevistados dispõem de muito mais tempo que um bate-pronto.
- É crime venal estar desinformado diante da fonte. A lição elementar, portanto, é a de evitar o improviso. Para obter o máximo de respostas é preciso saber o que se quer, o foco do encontro.
- Nenhum entrevistado tem obrigação de ser um comunicador. Nem é obrigado a ter raciocínio lógico e linear, ou habilidade natural para falar.

A aventura da pirâmide
- É preciso responder a certas perguntas para fazer com que um discurso ficasse completo: Quem? O quê? Onde? Como? Quando? E Por quê?
- Os limites da pirâmide invertida ficam cada vez mais evidentes e uma das tendências agudas entre gente do ramo é explorá-los, desbancando a PI de sua hegemonia e redefinindo sua aplicação.

A narrativa informada
- Toda narrativa carrega marca de origem. Nasce como fonte de conhecimento. Mas não um conhecimento qualquer. Muito feliz a idéia de que a narração, ainda mais numa reportagem, é a aventura do conhecimento percorrido.
- O conflito central da narrativa jornalística é conciliar o projeto de produzir relatos vivos, pulsantes, aos obstáculos do tempo e do espaço de produção, dos mercados e das rotinas de trabalho.
- Expressar o máximo com o mínimo, aprofundar a economia narrativa é condição intestina para o jornalismo.
- O panorama da indústria jornalística se move para a compactação, a ponto de afetar os conteúdos.
- As novas possibilidades de editoração dão agora maior possibilidade de contar uma história com mais recursos na página, não só o texto. Tais recursos (como o infográfico, por exemplo) potencializam a carga informativa de cada página e, em tese, liberam o redator para uma preocupação narrativa mais livre.
- O círculo vicioso de rotinas produtivas joga lenha na fogueira narrativa da imprensa, entre outros fatores, ao permitir que informações sejam obtidas na Redação, não fora dela. Um cabedal de dados, aspas e alegações, é captado sem que o repórter mexa o pé da cadeira.
- A credibilidade de um texto jornalístico está na verossimilhança e na coerência interna do relato. Uma matéria será verdadeira se fizer sentido que o seja.
- Se fomos capazes de levantar muita informação sobre o caso, vale o preceito de Faerman. Conte uma história, não faça um amontoado de fatos.
- O jornalismo não se divide entre sintético ou longo, mas entre bem-feito ou não. O texto virá da apuração. Quanto maior e melhor, mais saboroso será.

Apuração da Notícia - Ficha...

PEREIRA JUNIOR, Luis Costa. A Apuração da Notícia: métodos de investigação na imprensa. Petrópolis, RJ: Vozes, 2006.

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O jornalismo é um campo de aplicação da ética, mas é também uma disciplina de verificação instrumental. Só fará sentido ne intersecção entre: desempenho técnico [...] e compromisso ético e humanístico.

[...] incorporar o ponto de vista alheio, ver como o outro vê e entender uma realidade que, em geral, não é a sua.

[...] resumimos os eventos, enfatizamos trechos vitais, mudamos a cronologia. [...] a notícia encurta trechos expositivos, estica outros, relembra episódios correlatos ou suprime momentos inteiros, sem dó nem piedade.

Documento não se entrevista, costuma dizer o jornalista Ricardo Noblat, para quem reportagem não pode limitar-se a resumir o conteúdo de relatórios.

Escreve Mouillaud: o "acontecimento" jornalístico por excelência é uma versão que se tornou padrão. O fato - todo ele - é "fato-padrão".

O fato jornalístico é o fenômeno externo ao repórter que depende da forma como ele o percebe.

Eugênio Bucci entende que há três níveis possíveis de transparência no veículo: 1) Do jornalista para consigo mesmo [...]; 2) Do jornalista para com seus colegas e chefes [...]; 3) Do veículo para com o público [...].

O editorial é o espaço reservado à explicitação de posições do veículo.

É possível dar prós e contras e, mesmo assim, omitir fontes esclarecedoras. Posso direcionar o modo como quero qe o leitor entenda o fato já ao dar um título ou ao escrever o lide - afinal, é o primeiro parágrafo que determina o principal a ser destacado.

O jornalista, por princípio, não é só testemunha daquilo que o leitor não pôde ter acesso. É um processador das camadas verificáveis da realidade.

(verificação): triangulação de fontes confirmando a informação de referência;

Pauta que é pauta define o rumo do trabalho, o ângulo, a escolha de uma ou várias nuances do que será apurado, qual o recorte da realidade que a reportagem fará, sob que modo novo será abordada a questão.

Sequência de abordagem das fontes: por ordem de importância; por ordem de crítica.

Qualidade da apuração:
informação precisa, mas insuficiente? Apurar mais
muita informação, mas imprecisa? Fazer checagem
pouca informação e imprecisa? Refazer tudo
informação precisa e abundante? Publicar a matéria

[...] histórias "humanas" fazem mais sentido quando lançam luz sobre situações coletivas, quando relatam o que há de universal no caso. O que implica ampliação do relato para além da situação particular. O individual funciona como lastro do geral e vice-versa.

(Numa entrevista) A lição elementar [...] é a de evitar o improviso. Para obter o máximo de respostas é preciso saber o que se quer, o foco do encontro. Roteiro de perguntas pode ser muito útil. Se houver desvio, permite que se retorne o rumo da prosa, assim que puder.

O uso de gravador: usar gravador em entrevistas tem suas vantagens, como o registro literal das declarações. Usar gravador tem uma penca de desvantagens. A primeira grande desvantagem é a perda da naturalidade do entrevistado, que pensará duas vezes sempre, temeroso das conseqüencias do que disser. Outra desvantagem, em entrevistas longas, em pingue-pongue. Há respostas que vão sendo melhor respondidas no correr do raciocínio ou unindo-se trechos distantes entre si. A transcrição fica muito mais demorada.

(Bennet - entrevistas) Basicamente, há quatro formas mais significativas: 1) com perguntas e respostas (pingue-pongue); 2) com trechos em primeira pessoa e títulos a nomear os temas falados pelo entrevistado; 3) num texto corrido todo em primeira pessoa; 4) num texto corrido com citações entre aspas.

Nenhum entrevistado tem a obrigação de ser comunicador. Nem é obrigado a ter raciocínio lógico e linear, ou habilidade natural para falar. [...] Por isso, a obrigação do jornalista não é ser necessariamente literal as citações, mas reconstruir o diálogo.

Paulo Leminski disse certa vez que até os sentimentos têm história. Formatos de texto também.

Para Cícero, garante Karam, era preciso responder a certas perguntas para fazer com que um discurso ficasse completo: Quem?, O quê?, Onde?, Como?, Quando? e Por quê?.

[...] é o primeiro parágrafo que determina o principal a ser destacado. [...] (Com isso) os profissionais da gráfica, tão longe das salas de redação, não precisavam se dar ao trabalho de ler o material todo.

O uso do lide nas redações de periódicos se disseminou num período em que o veículo jornal era a primeira fonte de informação do público. Hoje, o lide não é mais primazia dos diários impressos. Quem trabalha em rádio, TV ou internet também o usa. Com a vantagem de usá-lo antes dos jornais. É comum o leitor conhecer ontem o sumário das informações impressas só hoje.

UTILIZAÇÃO DA PI (Piramide Invertida - "lide")

Narrar - antes de tudo - é conhecer. Os dois são verbos gêmeos, de matriz. [...] Toda narrativa, portanto, carrega marca de origem. Nasce como fonte de conhecimento. Mas não um conhecimento qualquer.

As pessoas adoram histórias porque, nelas, se espelham. Recorremos à vivência de outros porque somos tantas vezes incapazes de entender o que se passa conosco e o mundo.

Vasta narrativa, apuração interminável: dois problemas para o jornalismo da era da escassez.

Leitor, afinal, sempre será preguiçoso: tolera textos curtos, fica satisfeito com sumários da história e casos rapidamente explicados.

Papel é caro, o minuto do dial também e o tempo de exibição na TV, nem é bom falar.

Sob a navalha rígida do espaço e do tempo, a reportagem contrai seus músculos narrativos. Ela tem fome de espaço editorial e de tempo de execução.

Expressar o máximo com o mínimo, aprofundar a economia narrativa é condição intestina para o jornalismo.

VÁRIOS EXEMPLOS DE REPORTAGEM COM NARRAÇÃO

Para quem vive sobre a urgência do tempo e a escassez de espaço, o inventário narrativo facilita, dá rapidez ao trabalho e faz as reportagens ecoarem temas culturais mais vastos que o episódio relatado.

Em resumo, narrar é um exercício decantado na história dos povos, que carrega consigo dificuldades específicas [...]: Racionais; Intuitivas; Operacionais.

Esses procedimentos clássicos para a criação de narrativas (vide texto) são úteis, mas dependem diretamente da qualidade de informção levantada e checada. [...] O texto virá da apuração. Quanto maior e melhor, mais saboroso será.

sábado, 24 de maio de 2008

Fotos...





* Fotos reveladas e ampliadas por Carlos Xavier

terça-feira, 20 de maio de 2008

Glocal e Cibercultura - Ficha...

TRIVINHO, Eugênio: "Glocal e cibercultura: bunkerização da existência no imaginário mediático contemporâneo". In: _________. A democracia cibercultural. Lógica da vida humana na civilização mediática avançada. São Paulo: Paulus, 2007, p. 279-320.

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[...] “glocal” é neologismo resultante da hibridação cumulativa de dois termos, “global” e “local”.

Na nova via, global e local são um mesmo e, simultaneamente, nenhum; globalização (ou globalismo) e localização (ou localismo) restam dissolvidos.

[...] contexto glocal, lugar da existência humana tecnologicamente mediado e mercadologicamente promovido.

De todos os elementos conformativos do fenômeno glocal, esse (a mídia tecnológica capaz de tempo real – grifo meu) é o mais decisivo. Em sua ausência, do ponto de vista mediático, inexiste fenômeno glocal. Equipamento de base desligado ou desativado, interface morta, desconectada da rede, configura, a rigor, precedência exclusiva de um campo local.

Do que se depreende, em termos fenomenológicos, que, se o global mediático pressupõe, necessariamente, o vetor glocal, nem sempre um contexto local equivale, de fato, a um contexto glocal.

A conversão de um em outro, com a conseqüente dissolução de ambos, é dada pela presença efetiva do elemento da rede e/ou pela vivência efetiva (individual, grupal ou coletiva) dela. A diferença – enfatize-se – é o tempo real.

[...] a categoria do glocal otimiza a apreensão da significação social-histórica da hibridação entre ente humano e ente artificial.

O contexto glocal é um fragmento sociocultural rizomático. Por sua concatenação em rede, cada contexto glocal remete à totalidade cultural a que pertence, do mesmo modo e na mesma intensidade com que um fractual se prende ao sistema maior que lhe indexa as formas de manifestação.

Obliteração do tempo e do espaço

Imaginário glocal unidimensional

No contexto glocal interativo, o ente humano, sobretudo se patologicamente depende do imaginário glocal (vale dizer, da comunicação eletrônica como prótese invisível do inconsciente), é convertido em apenso funcional do objeto infotecnológico, justamente quando mais supõe submeter este, como “instrumento” ou “ferramenta”, aos seus caprichos profissionais e/ou lúdicos.

[...] o glocal ciberespacial [...] é vetor de produção de morte simbólica. [...] vocação mortuária [...] o fenômeno glocal significa, por exemplo, morte do território geográfico como superfície de processamento da vida humana e morte da alteridade concreta como referência prioritária da intersubjetividade e como destino da relação social (não tecnologicamente mediada).

[...] perderam a aura [...] * Noção cara a Benjamin (1978)

Glocalização

Global + Local = Glocalização

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Civilização Glocal que surge com a TV, internet, rádio, telégrafo.

- Glocalização fractalizada:
Todos podem emitir e receber. Todos possuem a parte e o todo: um computador (a parte) possui a rede (o todo).

- O Capitalismo rizomático:
Uma coisa puxa outra que está interligada a outra: assim todos estão ligados a todos, tudo a tudo.

- Distribuição do tempo e do espaço:
Nasce o não-lugar e o tempo real: ao falar com alguém em outro lugar, ambos estão em um não lugar, pois as percepções se transferem dos locais em que estão presencialmente; O tempo é real. Com uma carta o tempo existe, num telefonema não. Com isso estamos nos subjetivando: na internet sou um endereço de email e não o Ser Humano. Separamos o nosso corpo da nossa percepção.

- O bunker Glocal:
Num computador somos seguros. Temos uma segunda vida moldada com nossos desejos e nada pode me acontecer, se estiver ruim, eu saio.

Eugênio Trivinho - Pessimista

Vetores da pós-modernização

1- Fim dos metarrelatos / Utopias
Não tenta-se mais explicar o mundo, acabaram as utopias de tentar melhorar o mundo.

2- Fim dos conceitos universais
Com a fragmentação da sociedade em grupos sociais virtuais agrupados por interesses, perde-se a verdade única. Cada um agora passa a lutar pela sua própria verdade, pela sua ideologia.

3- Embaralhamento das oposições binárias
Como cada um tem a sua verdade, perde-se os valores reais da coisa: não se sabe mais distinguir o real e o virtual, o público do privado, o homem da mulher...

4- Acoplamento entre homem e máquina
Um homem hoje não consegue ser completo sem algumas máquinas: como o óculos, o carro, a cadeira de rodas, o relógio...

5- Pulverização das classes sociais
Antes era Trabalhador X Patrão, Classes A, B e C. Hoje é tudo a mesma coisa: quem emprega trabalha, pobres são ricos e ricos são pobres dependendo do ambiente...

6- Transformação do social ordinário em midiático
O contato físico fica longe, perde o valor. A TV, a internet atrai mais que o presencial. Uma cena clássica é a família unida jantando na sala e vendo TV: o silêncio reina.

7- Aceleração tecnológica
A troca vira um valor. Cada dia existe uma coisa nova e temos que consumi-la. è o trocar, trocar, trocar...

8- Conversão da memória social em tecnológica
No futuro irão consultar na internet alguns costumes existentes hoje. Receitas de bolo não são mais tradições de famílias, mas sim livros, sites...

9- Espetacularização da política
O meio político vira um espetáculo, um show para o público assistir e não participar.

10- Auto-referencialidade, hipertelia, legitimação não-discursiva
Cada um como o seu referencial, sem uma finalidade na vida.

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"A pós-modernidade é a fluída forma de cultura levada a cabo pela era do excesso da comunicação" - Tudo isso é uma forma de liberdade.

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Decepção coletiva:

Foi por causa da tecnologia que vivemos vários desastres: nazismo, bomba atômica, crise ambiental...


Ela é o motor autônomo, sem finalidade. É a nova religião: vira a verdade, o novo rumo que temos que seguir.

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Isso porque ocorreu um destronamento do ser:

Antes o homem se julgava ser a coisa mais importante do universo, mas COPÉRNICO descobriu que não éramos o centro do universo e sim o céu. Então éramos o centro da terra. DARWIN vem mostrar que não somos nada além de “macaquinhos que deram certo”. E FREUD vem logo depois pra mostrar que 90% das nossas atitudes vêm do nosso inconsciente. Ficou provado que não éramos o centro nem de nós mesmos!

Já que é assim, vamos nos divertir e consumir. Vamos pular.

O mal-estar da teoria - Ficha...

TRIVINHO, Eugênio. “Comunicação e cultura no pos-guerra”. In: ________. O Mal-estar da teoria. Rio de janeiro; Quartet, 2001, p. 41-62.

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Submetido às regras do mercado, à lógica do lucro e ao gosto medial das multidões, a cultura massificada invadiu, nas ultimas décadas, todos os poros da sociedade tecnológicas contemporâneas - e, não fosse pelo advento da WWW no inicio dos anos 90, estaria articulando-os prioritariamente ate hoje, em particular através da consonância de cada um de seus ramos constitutivos.

Na realidade, a pós-modernidade não é nenhuma coisa, nem outra, exclusivamente. Ela não é propriamente uma época histórica porque nada ha nela de puro que justifique uma demarcação arbitraria especifica, por distinção total a outras épocas históricas. [...] Ela não é somente uma condição cultural. [...] E ela não é apenas uma corrente de pensamento.

Vetores assim se explicitam: o fenômeno pós-moderno está implicado na falência em cadeia dos metarrelatos / teleologias / utopias, aí compreendida a tragédia do progresso tecnológico e a decomposição das burocracias socialistas do leste; no desmoronamento dos conceitos universais (...), com a conseqüente obliteração das essências e constantes histórico-antropológicas (que presidem a busca da verdade ontológica e ultima dos fenômenos); no embaralhamento das oposições binárias claras e distintas (...), com a conseqüente promoção de hibridismo / (con)fusões e de inversões, aqui incluso o destronamento do ente humano pela tecnologia através do acoplamento irreversível entre ele e a maquina; na pulverização das classe sociais em categorias e grupos; na obliteração do social ordinário (com a sua conversão num social mediático), da memória social e cultural (com a sua transformação numa memória tecnológica, exteriorizada) e da historia (com a sua explosão em um miríade de historias promovidas pelos media); na transformação da cena política em espetáculo, com acentuadas tendências à despolitizacao da sociedade civil e à museificacao das zonas urbanas; na neutralização sistemática das negatividades dialéticas (como motores do desdobramento continuo do real); na estetização generalizada dos espaços urbano e privado; na aceleração tecnológica de todos os domínios da existência humana; na militarização velada da vida cotidiana civil através da proliferação social de elementos tecnológicos originários de processos bélicos; na auto-referencialidade e hipertelia (acompanhadas de uma modalidade de legitimação não-discursiva) de fenômenos, processos e tendências; e no excesso de toda e qualquer produção entre outros vetores majoritários de pós-modernização da sociedade.

[...] todos esses vetores estejam ligados, direta ou indiretamente, ao desenvolvimento social do fenômeno comunicacional infoeletrônico. [...] Pode-se mesmo dizer que o fenômeno pós-moderno é um produto típico do poder de irradiação comunicacional.

Entretanto, diversos acontecimentos processados no século XX acabaram por patentear a tendência de destruição e morte implicada no projeto moderno: duas guerras tecnológicas [...], totalitarismo de direita e de esquerda, [...] Hiroshima e Nagasaki, [...] multiplicação de conflitos bélicos [...].

A solidariedade traduziu-se em assistencialismo instrumental, [...] a razão se converteu em princípio de dominação; [...] a técnica e a tecnologia, em objeto de culto diário. [...] A ideologia do progresso tecnocientífico caiu em desgraça.

A lógica da modernidade, tortuosamente sulcada em promessas originais traídas, começa, já em meados dos anos 40, porém mais acentuadamente a partir dos anos 70.

[...] a pós-modernidade, ao contrário da modernidade, não dispor (dispõe - grifo meu) de um projeto político e social. [...] A pós-modernidade, ao contrário, iniciou-se por uma revolução tecnológica direta, isto é, sem mediação discursiva organizada. [...] A pós-modernidade se põe como algo que simplesmente é, como fenômeno que precisa ser porque não pode deixar de se realizar.

A pós-modernidade é uma continuidade radicalmente diferenciada da modernidade, implicando-se, nessa idéia, a questão da ruptura: o fenômeno pós-moderno significa, a um só tempo, proximidade e afastamento, prolongamento e abandono por desdobramento acelerado.

A pós-modernidade é a incrementação, a exponenciação, a radicalização de todos os processos modernos. Trata-se de uma modernidade por excesso, uma "hipermodernidade" de fato.

[...] a publicidade não vende mercadorias, vende-se; o Estado é defectivo, colabora para a desordem; a universidade produz títulos sem valor de troca [...], e assim por diante. É toda uma sociedade cujos subsistemas não cumprem mais a sua premissa fundadora. Tais processos presidem, em grande medida, o mal-estar da época atual.

Humanismo em ruína, ou os vários destronamentos do ser. [...] trauma cultural: o do empequenamento progressivo e irreversível do ser humano. [...] Esse processo de corrosão simbólica - sabe-se - é inaugurado pela revolução copernicana, no século XVI: a Terra não é o centro do Universo, [...] Com efeito, é no cientificismo do século XIX, com a revolução darwiniana demolindo a versão bíblica da origem da vida humana, que o alvo começa, a rigor, a ser melhor assestado: o ser humano é elemento sobrevivente de uma milenar seleção natural das espécies; provém dos primatas. [...] A revolução freudiana [...]: o ser humano não é um todo coeso e unitário, mas um mosaico fragmentário e intrinsecante conflitivo; e ele não é determinado pela razão, mas pelo inconsciente, pelo desejo e pelo trauma.

A revolução existencialista sartreana e heideggeriana, confrontando as metafísicas antropocêntricas tradicionais e modernas, sugere: o ente humano consta jogado ao mundo sozinho, [...] A revolução genética, [...] promulga: o ser humano é, antes de tudo, determinado pelo DNA, código da vida repleto de genes defectivos, responsáveis, entre outras coisas, pelas doenças hereditárias desencadeadas durante o processo de envelhecimento.

[...] fenômeno de longevidade indeterminada: a cibercultura. Consolidada internacionalmente no último quartel do século XX, trata-se de um modelo tecnológico de cultura que se estende e se ramifica de maneira avassaladora.

A cibercultura está implicita em tudo o que de mais socialmente importante vem à luz no mundo contemporâneo, na medida em que todos os objetos, procedimentos e processos doravante predominantes dependem, em alguma medida, da matriz informática da tecnologia. [...] Não por acaso, essa tecnocultura tem aplicado vivamente questões inéditas de direito e de ética.

A cibercultura compreende linguagens estruturadas e estruturantes, sujeitas a mudanças constantes, que estipulam a exigência de um novo aprendizado universal, a ciberalfabetização.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Pierre Levy - Otimista

A cibercultura é vista por ele como uma relação social refletindo aspirações individuais e coletivas. O desejo do computador nasceu com o Hippies dos anos 70; eles queriam computadores para todos, a democratização em rede.

O desejo da informática:

- Interconexão: é possível se comunuicar com o mundo inteiro com um só produto, o computador. Quebra a distância ( que fica igual a zero) e o tempo (que também se anula).
- Comunidades virtuais: as pessoas se organizam em grupos de acordo com seus interesses. Assim cada um pode crescer mais naquele assunto, naquela prática. Ocorre uma troca de experiências para ajudar a viver.
- Inteligência coletiva: Toda o saber está unido. Uma vez na rede é possível acessar todos os assuntos e se integrar deles, compartilhar, completar, formando uma inteligência comum.

Um programa sem conteúdo nem Objetivo:

A informática não possui um programa de conteúdos a ser seguido, é livre. Muito menos possui um objetivo, uma finalidade. É o todo que faz a parte e a parte que faz o todo: o programa se auto regula através das pequenas partes que o frequentam.

PERGUNTAS FREQUENTES:

---- A cibercultura é fonte de exclusão? ----
Sim, mas que tecnologia que não foi assim no início. Até a escrita é uma forma de exclusão para os analfabetos.

---- Ela ameaça a diversidade? ----
Não, pelo contrário, ajuda. Com a cibercultura podemos ter acesso à todas as culturas no mundo. Lógico que é preciso ter uma linguagem em comum para chegarmos à elas. A língua escolhida é o Inglês. Nas ciências também é assim, tem que existir um sistema internacional.

---- Implica Caos e Confusão? ----
Por ser livre, qualquer um pode emitir, se comunicar por meio dela, parece que sim, gera caos. Mas se formos analisar, cada site possui um termo de responsabilidade e quem não cumprir está fora. Cada site possui uma imagem empresarial a zelar, portanto procura evitar erros.

---- Rompe com os ideias modernos? ----
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Cibercultura

- Predominância das máquinas equipadas com chip: não existe sequer um produto que não tenha passado por um processo que envolva produtos tecnológicos.

- Presente mesmo onde não é visivel: um novo estar junto, um novo deslocamento. Podemos estar em dois lugares (ou centenas) ao mesmo tempo, basta nos coligarmos pela internet, tv, rádio. Ocorre um deslocamento das percepções.

UTÓPICOS >>> Pierre Levy
DISTÓPICOS >>> Eugênio Trivinho

Cibercultura - Ficha...

LEVY, Pierre. “O movimento social da cibercultura”. In:____. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 2001, p. 123-134.

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PARTE 1

- [...] Sustentar: A emergência do ciberespaço é fruto de um verdadeiro movimento social, com seu grupo líder (a juventude metropolitana escolarizada), suas palavras de ordem (interconexão, criação de comunidades virtuais, inteligência coletiva) e suas aspirações coerentes.
- Do mais básico ao mais elaborado, três princípios orientam o crescimento inicial do ciberespaço: a interconexão, a criação de comunidades virtuais e a inteligência coletiva.
A interconexão constitui a humanidade em um continuo sem fronteiras [...] tece um universal por contato.
- Uma comunidade virtual é construída sobre as afinidades de interesses, de conhecimentos, sobre projetos mútuos, em um processo de cooperação ou de troca, tudo isso independentemente das proximidades geográficas e das filiações institucionais. [...] as comunidades virtuais exploram novas formas de opinião pública. Sabemos que o destino da opinião pública encontra-se intimamente ligado ao da democracia moderna.
- A cibercultura é a expressão da aspiração de construção de um laço social, que não seria fundado nem sobre links territoriais, nem sobre relações institucionais, nem sobre as relações de poder, mas sobre a reunião entorno de centros de interesses comuns, sobre o jogo, sobre o compartilhamento do saber, sobre a aprendizagem cooperativa, sobre processos abertos de colaboração.
- Cada um dos três aspectos constitui a condição necessária para isto: não há comunidade virtual sem interconexão, não há inteligência coletiva em grande escala sem virtualização ou desterritorialização das comunidades no ciberespaço.

PARTE 2

A cibercultura seria fonte de exclusão?
- Esse risco é real. [...] é preciso observar a tendência de conexão e nos seus números absolutos. [...] os excluídos serão portanto, numericamente, cada vez menos. [...] será cada vez mais fácil e barato conectar-se. [...] qualquer avanço nos sistemas de comunicação acarreta necessariamente alguma exclusão.
- Não basta estar na frente de uma tela, munido de todas as interfaces amigáveis que se possa pensar, para superar uma situação de inferioridade. É preciso antes de mais nada estar em condições de participar ativamente dos processos de inteligência coletiva que representam o principal interesse do ciberespaço.

A diversidade das línguas e das culturas encontra-se ameaçada pelo ciberespaço?
- Um dos principais significados da emergência do ciberespaço é o desenvolvimento de uma alternativa as mídias de massa.
- O fim dos monopólios da expressão publica. Qualquer grupo ou indivíduo pode ter, a partir de agora, os meios técnicos para dirigir-se, a baixo custo, a um imenso público internacional.
- A crescente variedade dos modos de expressão. [...] novas formas de escrever imagens, novas retóricas da interatividade são inventadas.
- A disponibilidade progressiva de instrumentos de filtragem e de navegação no dilúvio informacional.
- O desenvolvimento das comunidades virtuais e dos contatos interpessoais a distancia por afinidade. As pessoas que povoam e nutrem o ciberespaço constituem sua principal riqueza. [...] ora, o ciberespaço permite, cada dia mais facilmente, encontrar pessoas a partir de seus endereços no espaço das competências e dos temas de interesse.

A cibercultura não é sinônimo de caos e confusão?
- O funcionamento da rede depende essencialmente, portanto da responsabilidade dos fornecedores e usuários de informação em um espaço público.
- Finalmente, toda inteligência coletiva no mundo jamais ira pressentir da inteligência pessoal, do esforço individual e do tempo necessário para aprender, pesquisar, avaliar, integrar-se às diversas comunidades, mesmo que virtuais. A rede jamais pensará em seu lugar, e é melhor assim.

A cibercultura encontra-se em ruptura com os valores fundadores da modernidade européia?
- A cibercultura pode ser considerada como herdeira legitima (ainda que longínqua) do projeto progressista dos filósofos do século XVIII. De fato, ela valoriza a participação em comunidades de debate e de argumentação.
- Na era das mídias eletrônicas, a igualdade é realizada enquanto possibilidade para que cada um emita para todos; a liberdade é objetivada por meio de programas de codificação e do acesso transfronteiriço a diversas comunidades virtuais; a fraternidade enfim, transparece na interconexão mundial.
- A cibercultura surge como a solução parcial para os problemas da época anterior, mas constitui em si mesma um imenso campo de problemas e de conflitos para os quais nenhuma perspectiva de solução global já pode ser traçada claramente. [...] Em certo sentido, continua a grande tradição da cultura européia. Em outro, transmuta o conceito de cultura.

Conclusão
- Longe de ser uma subcultura dos fanáticos pela rede, a cibercultura expressa uma mutação fundamental da própria essência da cultura. [...] Da mesma forma, a ciência supostamente exprime o (e vale pelo) progresso intelectual do conjunto dos seres humanos, sem exclusões. Os sábios são os delegados da espécie, e os triunfos do conhecimento exato são os da humanidade em seu conjunto.

sábado, 10 de maio de 2008

Cabeça bem-feita - Ficha...

MORIN, Edgar. A cabeça bem-feita.

- A primeira finalidade do ensino foi formulada por Montaigne: mais vale uma cabeça bem-feita que bem cheia.
- [...] importante dispor [...]: uma aptidão geral para colocar e tratar os problemas; princípios organizadores que permitam ligar os saberes e lhes dar sentido.
- Quanto mais desenvolvida é a inteligência geral, maior é a sua capacidade de tratar problemas especiais. A educação deve favorecer a aptidão natural da mente para colocar e resolver os problemas e, correlativamente, estimular o pleno emprego da inteligência geral.
- Uma cabeça bem-feita é uma cabeça apta a organizar os conhecimentos e, com isso, evitar a sua acumulação estéril.
- Todo conhecimento constitui, ao mesmo tempo, uma tradução e uma reconstrução, a partir de sinais, signos, símbolos, sob forma de representações, idéias, teorias, discursos. A organização dos conhecimentos é realizada em função de princípios e regras.
- O conhecimento comporta, ao mesmo tempo, separação e ligação, análise e síntese.
- Como nosso modo de conhecimento desune os objetos entre si, precisamos conceber o que nos une. Como ele isola os objetos de seu contexto natural e do conjunto do qual fazem parte, é uma necessidade cognitiva inserir um conhecimento particular em seu contexto e situá-lo em seu conjunto.
- Enfim, um pensamento unificador abre-se de si mesmo para o contexto dos contextos: o contexto planetário.
- Para pensar localizadamente, é preciso pensar globalmente, como para pensar globalmente é preciso pensar localizadamente.

Entre a Opinião e o estereotipo

BOSI, Ecléa. Entre a Opinião e o estereotipo. In: _____.


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Quem vai trabalhar com histórias de vida, biografias, depoimentos orais, procedimentos correntes nas Ciências Humanas, tem a impressão inicial de que a experiência que se desenrola no tempo dispõe de um caráter infinito.

Dentro da biografia há alguns momentos privilegiados: o nascimento, as crises da juventude, a formatura, o casamento, a chegada ou a perda de pessoas amadas... E há espaços privilegiados: a casa da infância, os trajetos do bairro, recantos da cidade, lugares inseparáveis dos eventos que neles ocorreram. A cidade possui alguns focos sugestivos que ampararam nossa identidade, percepção e memória.

No trato com as pessoas isso acontece freqüentemente. Elas nos aparecem como que embaçadas pelo estereotipo, e é preciso tempo e amizade para um trabalho paciente de limpeza e reconstituição da figura do amigo, cujos contornos procuramos salvar cada dia do perigo de uma definição congeladora.

Como passar da opinião para o conhecimento? Pensar não é uma atividade subjetiva, é um relacionamento entre sujeito e objeto. É só essa relação com o objeto que nos faz passar da opinião para o conhecimento.

[...] ceticismo corrente que diz: “já que não se pode estabelecer fronteira entre opinião e verdade, então cada um fique com a sua opinião”.

Se a Verdade se torna opinião, ou debate caótico entre opiniões, a sociedade dos que pensam perde o cimento gnoseológico que a mantém unida. E depois de dizer quer não há verdade objetiva, acaba-se aceitando que o Poder engendra a verdade.

Quando os intelectuais criticam a opinião alheia congelada em preconceito, crêem que o seu ceticismo seja mais objetivo. No fundo, é o subjetivismo do intelectual que não crê mais na possibilidade de conhecer a verdade e, por isso, suspende as certezas alheias.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Virtudes "trabalhistas"

Trabalhar é uma ação muito comum na sociedade de hoje. Conseguir um emprego é tarefa difícil. Manter-se em um, também. Dentro de uma empresa é necessário um enquadramento. Existem algumas virtudes que são básicas para quem queira se encaixar e, assim, se enriquecer profissionalmente.
A empregabilidade está associada com algumas virtudes, como a Responsabilidade. Clauss Moller, consultor dinamarquês, defende essa idéia e diz ainda que dela nascem a Lealdade, que não é ser obediente às cegas, e a Iniciativa, que é assumir responsabilidades complementares e implementares.
Aristóteles também fala sobre algumas virtudes que são importantes para o trabalho. A Coragem, já que o homem que teme tudo, e evita tudo, vira um covarde. A Competência para fazer aquilo que somos pagos. Como o filósofo mesmo diz sobre ser competente: “a função de um citarista é tocar a cítara, e a de um bom citarista é tocá-la bem”.
Provérbios chineses expressam algumas dessas virtudes: “Quando há confiança, nenhuma prova é necessária. Quando não há, nenhuma é possível”. A Confiança é imprescindível para um bom relacionamento, com o chefe em especial, já que ele confia pela Honestidade do seu funcionário. Confia o Sigilo, que é não divulgar assuntos do trabalho. Outro ditado diz que “haste de trigo, cheias de grão, aprendem a curvar a cabeça” e assim então devemos ser. É a Humildade.
A Paciência é amiga da Perseverança. Mesmo com passos lentos e árduos, não se pode desistir. Com esse andar cauteloso fugimos dos erros. É a Prudência, que faz o profissional analisar as questões de forma mais profunda e minuciosa.
Nos diálogos entre os colegas de trabalho é preciso que haja a Compreensão. Compreender aqui vale tanto para o trabalho quanto para os companheiros: entender as atitudes daqueles que trabalham ao seu lado. Isso faz a diferença nas relações profissionais, que também requer um Otimismo para as questões do mundo que vivemos. Ser otimista é também ter um bom humor.
Ser imparcial nas decisões é ser justo, por isso Imparcialidade (ou Neutralidade) é uma virtude “trabalhista” que também ajuda na convivência, uma vez que foge dos preconceitos criados pelos estereótipos. A Empatia também é chave para uma boa relação entre pessoas do trabalho.
Analisar os fatos com Benevolência é outra virtude de empregabilidade, que junto com a Objetividade e o Zelo faz o profissional render mais, relacionar-se mais com colegas e agradar mais. Se agrada mais, mantém-se por mais tempo em um trabalho. Manter-se em um trabalho é uma tarefa difícil, virtuosa.

Carlos Eduardo Xavier

TURMA 2J

Esse foi o semestre vivido pela turma 2J de jornalismo na Universidade Presbiteriana Mackenzie (1º semestre de 2008).

Escolha o curso no menu ao lado e confira todo o conteúdo das aulas, textos lidos, slides... que foi estudado durante o semestre.

Para receber mais informações sobre os conteúdes, envie e-mail para mackjornalistas@gmail.com

Carlos Eduardo Xavier

Minha foto
Atendo pelo nome Carlos Eduardo Xavier. Nasci em Assis (SP) no dia 17/12/1987 e logo me mudei para Cerejeiras (RO), onde passei minha infância, melhor fase da minha vida. Novamente em Assis, termino a escola e o colegial. Vou morar na Itália, onde passo um ano convivendo com pessoas de mais de 100 nacionalidades. Em Loppiano (Firenze - Itália) é que aprendi a viver o que a vida sempre me ensinou. Assis pela terceira vez me recebe, mas por somente seis meses. De lá vou para a capital do estado, onde, agora, faço Jornalismo na Universidade Presbiteriana Mackenzie. MSN... cadu_gen@hotmail.com