sábado, 10 de maio de 2008

Entre a Opinião e o estereotipo

BOSI, Ecléa. Entre a Opinião e o estereotipo. In: _____.


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Quem vai trabalhar com histórias de vida, biografias, depoimentos orais, procedimentos correntes nas Ciências Humanas, tem a impressão inicial de que a experiência que se desenrola no tempo dispõe de um caráter infinito.

Dentro da biografia há alguns momentos privilegiados: o nascimento, as crises da juventude, a formatura, o casamento, a chegada ou a perda de pessoas amadas... E há espaços privilegiados: a casa da infância, os trajetos do bairro, recantos da cidade, lugares inseparáveis dos eventos que neles ocorreram. A cidade possui alguns focos sugestivos que ampararam nossa identidade, percepção e memória.

No trato com as pessoas isso acontece freqüentemente. Elas nos aparecem como que embaçadas pelo estereotipo, e é preciso tempo e amizade para um trabalho paciente de limpeza e reconstituição da figura do amigo, cujos contornos procuramos salvar cada dia do perigo de uma definição congeladora.

Como passar da opinião para o conhecimento? Pensar não é uma atividade subjetiva, é um relacionamento entre sujeito e objeto. É só essa relação com o objeto que nos faz passar da opinião para o conhecimento.

[...] ceticismo corrente que diz: “já que não se pode estabelecer fronteira entre opinião e verdade, então cada um fique com a sua opinião”.

Se a Verdade se torna opinião, ou debate caótico entre opiniões, a sociedade dos que pensam perde o cimento gnoseológico que a mantém unida. E depois de dizer quer não há verdade objetiva, acaba-se aceitando que o Poder engendra a verdade.

Quando os intelectuais criticam a opinião alheia congelada em preconceito, crêem que o seu ceticismo seja mais objetivo. No fundo, é o subjetivismo do intelectual que não crê mais na possibilidade de conhecer a verdade e, por isso, suspende as certezas alheias.

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TURMA 2J

Esse foi o semestre vivido pela turma 2J de jornalismo na Universidade Presbiteriana Mackenzie (1º semestre de 2008).

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Carlos Eduardo Xavier

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Atendo pelo nome Carlos Eduardo Xavier. Nasci em Assis (SP) no dia 17/12/1987 e logo me mudei para Cerejeiras (RO), onde passei minha infância, melhor fase da minha vida. Novamente em Assis, termino a escola e o colegial. Vou morar na Itália, onde passo um ano convivendo com pessoas de mais de 100 nacionalidades. Em Loppiano (Firenze - Itália) é que aprendi a viver o que a vida sempre me ensinou. Assis pela terceira vez me recebe, mas por somente seis meses. De lá vou para a capital do estado, onde, agora, faço Jornalismo na Universidade Presbiteriana Mackenzie. MSN... cadu_gen@hotmail.com